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domingo, 28 de fevereiro de 2021

Idade Medieval e o Feudalismo - texto/resumo - 7ºano

                                            Idade Média e o Feudalismo

 A Idade Média durou aproximadamente mil anos (476-1453) e nesta época em uma grande parte da Europa existiu o Feudalismo.  Desde o final do império romano e com as invasões bárbaras, grande parte da população da Roma Antiga fugiu para as vilas romanas, grandes propriedades rurais. Nelas, os romanos trabalhavam em segurança e em troca davam metade do que produziam aos proprietários. É o sistema de colonato. É um período de transição do final da Idade Antiga para o início da Idade Média e Feudalismo.

Castelos: grandes fortalezas.  Diante das invasões e guerras, do início da Idade Média, os castelos surgiram com objetivos defensivos. Com o tempo, os castelos se tornaram poderosos, construídos de pedras e alvenaria, com muralhas de 5 a 10 metros de altura e torres erguidas a cada 30 metros, garantindo o pleno controle visual de toda redondeza. Castelos circundados por um fosso e que possuem acessos com ponte levadiça, que funciona com um sistema de pesos.

Além de centro de defesa e abrigo para toda a população, quando surge uma ameaça, o castelo é a permanente residência do senhor, sua família, seus cavaleiros e sua criadagem. Havia também os mosteiros, locais habitados pelos religiosos, onde monges trabalhavam e oravam. Nos mosteiros havia a capela, o cemitério, a biblioteca, a abadia, o estábulo, o celeiro e o refeitório. Os mosteiros eram centros importantes do poder político e de poder religioso.

 Rei não passa de fantoche.   Na Idade Média ocorreu uma progressiva redução dos poderes dos reis. Incapazes de oferecer proteção aos seus súditos contra os invasores bárbaros, os reis resignam-se à sua condição de fantoches nas mãos da nobreza feudal. A nobreza, composta dos senhores dos castelos feudais, detinha todo o poder e garantia a segurança da população que residia em suas terras.

O camponês vivia numa choça do tipo mais miserável. Trabalhando longa e arduamente em faixas de terras espalhadas na sociedade feudal, conseguia arrancar do solo apenas o suficiente para uma vida miserável. Pagava uma série de tributos ao seu senhor e ainda devia a ele outras obrigações e lealdade.

O sistema feudal  Esta ruralização da sociedade será a base do Feudalismo. Na sociedade feudal, o senhor feudal era dono da terra  e do poder. O servo trabalha na terra do senhor e a ele devia obrigações.  Havia, ainda, os vilões (pequenos proprietários de terra que viviam sob a proteção de um senhor) e os ministeriais (fiscais).

A Relação de vassalagem envolvia a concessão de terras. O Suserano era aquele que concedia a terra e o Vassalo era aquele que recebia a terra. O suserano garantia a terra e dava proteção ao vassalo que em troca jurava fidelidade ao seu suserano.

Os principais impostos do mundo feudal eram: Corvéia (trabalho gratuito em determinados dias), Talha (pagamento de impostos com parte da produção), Banalidades (pagamento pelo uso de equipamentos do senhor), Mão–morta (imposto sobre a morte de algum servo para continuar a viver nas terras do senhor). O feudo era dividido em manso senhorial (terras do senhor feudal), manso servil (terras em que os servos feudais trabalhavam) e manso comum (terras de comum uso: matas, pastagem...). No sistema feudal havia uma descentralização política, isto é, cada senhor feudal tinha plenos poderes no seu feudo.

Idade Medieval e Feudalismo: quadro e resumo - 7ºano

=== Quadro - Períodos históricos - 7º ano ===


 

sábado, 27 de fevereiro de 2021

A Transição dos Tempos Modernos: um novo tempo está chegando


A Transição dos Tempos Modernos

A Idade Moderna corresponde ao período da História ocidental que se estende do século XV ao século XVIII. Neste período o Feudalismo foi gradativamente substituído pelo modo de produção capitalista e grandes transformações ocorreram: Renascimento, Reforma Protestante e a formação dos Estados Absolutistas. A Expansão Marítima tornou a América e outras regiões, antes desconhecidas, agora conhecidas pelo mundo europeu.
Na cultura e ciência, deu-se o Renascimento, firmando novos valores e princípios burgueses e contestando o medievais-feudais.
Na religião, a Reforma Protestante coroou o processo de decadência da Igreja, a principal representante da ordem feudal, adequando a religião aos Tempos Modernos.
Na política, a formação dos Estados Modernos, submeteu a nobreza e a Igreja aos governos absolutistas apoiados pela poderosa burguesia moderna.
As Grandes Navegações, conhecida também como Expansão Marítima do século XV, espalharam efeitos que envolveram toda a maneira de viver do homem europeu. A cultura, a religião e a política sofreram mudanças substanciais, adequando-se ao novo momento vivido.   A chegada do homem europeu ao mundo americano e o encontro com os nativos desta parte do mundo provocaram profundas transformações no modo de vida destas pessoas.
A conquista europeia foi acompanhada da destruição de povos e culturas e da exploração e marginalização de grupos que aqui viviam. Seus descendentes (grupos indígenas norte-americanos, mexicanos, brasileiros e andinos) ainda hoje, lutam para defender espaços de sobrevivência em todo o continente.
Todas estas transformações citadas acabaram por caracterizar este período como Idade Moderna e o anterior como Mundo Medieval. A Europa mudou e agora passa a controlar a economia, a sociedade, a religião e o pensamento nestas novas regiões do mundo. Excluindo todo o modo de vida, todo pensamento e cultura destes povos, o homem europeu faz com que a chamada modernidade se impõe e se torne medida e referência, segundo o padrão de vida da Europa Moderna.  Um novo tempo está chegando. Tempos modernos estão chegando.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Fim da Idade Média e início da Idade Moderna: Cidades. Feiras. Renascimento.


Atividade em classe: fim da Idade Média, início da Idade Moderna e Renascimento.

Instruções: leia o texto abaixo e utilize-o para realizar a atividade da sala de aula.

A. As cidades europeias pequenas e muitas delas protegidas por grandes muralhas que cercavam as cidades. Estas cidades possuíam uma igreja no centro e em volta dela as casas de luxo do fim da Idade Média e início da Idade Moderna eram cidades. Mais próximo às muralhas ficavam as casa mais pobres. As ruas eram sujas, escuras e estreitas. O lixo era despejado diretamente nas ruas e devido à falta de higiene eram comuns as doenças e epidemias que matavam milhares de pessoas nestas cidades.
B. Muitas cidades tiveram que se libertar dos seus antigos senhores feudais através de pagamentos aos senhores (carta de franquia) ou através de uma ordem do rei (carta real). Há ainda casos de cidades que se libertaram através de guerras.
C. A partir do século XII surgiram as feiras, onde vários mercadores se reuniam para as vendas de seus produtos: tecidos, peles, gados, couro, açúcar, sal e trigo.  Nestas feiras medievais havia também os saltimbancos (artistas de ruas que se apresentavam nas feiras) e os cambistas (pessoas que emprestavam dinheiro a juros aos presentes nas feiras).
D. Nas cidades, um novo grupo de pessoas começou a ganhar importância. São os burgueses que se dedicavam ao comércio e logo se enriqueceram.  Estes burgueses moravam nas cidades, participavam das feiras e com o passar do tempo se tornaram ricos e poderosos.  Nas cidades havia também as Corporações de Ofício, onde se reuniam os artesãos para produzirem seus objetos. Nestas Corporações de Ofício trabalhavam o mestre, o oficial, o aprendiz e o jornaleiro.
E. O Renascimento surgiu na Itália durante a Baixa Idade Média e logo se espalhou pela Europa. O movimento renascentista buscava inspiração na Antiguidade Clássica e negava os valores medievais incorporados pela Europa. Os mecenas, burgueses enriquecidos em busca de prestígio, foram os grandes patrocinadores dos artistas renascentistas. Os principais nomes do Renascimento foram: Leonardo da Vinci, Rafael. Nicolau Copérnico,  Michelângelo e Galileu Galilei.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

As Cruzadas - resumo


As Cruzadas - ficha resumo

As cruzadas foram expedições militares organizadas com objetivo de conter o avanço dos muçulmanos, de difundir a fé cristã e libertar a Terra Santa (região de Jerusalém) das mãos dos muçulmanos. Muitas pessoas, sem terras e sem proteção dos senhores feudais, ingressaram nas cruzadas. Assim, as cruzadas podem ser entendidas como uma tentativa de solução para diferentes setores da sociedade: econômicos (objetivo de conseguir terras e riquezas no Oriente) e religiosos (objetivo de libertar Jerusalém das mãos dos muçulmanos).
Entre o final do século XI até o século XIII foram organizadas várias cruzadas rumo ao oriente, mas não tiveram sucesso. Mesmo não tendo alcançado os objetivos propostas, as cruzadas produziram os seguintes efeitos: reabertura do Mar Mediterrâneo, contatos com novas culturas, aumento de circulação de pessoas e riquezas na Europa, renascimento do comércio e das cidades.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Feudalismo e as cruzadas (vídeos)

Vídeos sobre o Feudalismo e as cruzadas.


Novo Telecurso - Ensino Médio - História - Aula 44



sábado, 6 de fevereiro de 2021

Idade Média e o Feudalismo


 Idade Média e o Feudalismo



A Idade Média durou aproximadamente mil anos (476-1453) e nesta época em uma grande parte da Europa existiu o Feudalismo.
 Desde o final do império romano e com as invasões bárbaras, grande parte da população da Roma Antiga fugiu para as vilas romanas, grande propriedades rurais. Nelas, os romanos trabalhavam em segurança e em troca davam metade do que produziam aos proprietários. É o sistema de colonato. É um período de transição do final da Idade Antiga para o início da Idade Média e Feudalismo.


  1 - Castelos: grandes fortalezas.
Diante das invasões e guerras, do início da Idade Média, os castelos surgiram com objetivos defensivos. Com o tempo, os castelos se tornaram poderosos, construídos de pedras e alvenaria, com muralhas de 5 a 10 metros de altura e torres erguidas a cada 30 metros, garantindo o pleno controle visual de toda redondeza. Castelos circundados por um fosso e que possuem acessos com ponte levadiça, que funciona com um sistema de pesos.
Além de centro de defesa e abrigo para toda a população, quando surge uma ameaça, o castelo é a permanente residência do senhor, sua família, seus cavaleiros e sua criadagem.
Havia também os mosteiros, locais habitados pelos religiosos, onde monges trabalhavam e oravam. Nos mosteiros havia a capela, o cemitério, a biblioteca, a abadia, o estábulo, o celeiro e o refeitório. Os mosteiros eram centros importantes do poder político e de poder religioso.


2- Rei não passa de fantoche e a vida miserável do camponês.
Na Idade Média ocorreu uma progressiva redução dos poderes dos reis. Incapazes de oferecer proteção aos seus súditos contra os invasores bárbaros, os reis resignam-se à sua condição de fantoches nas mãos da nobreza feudal. A nobreza, composta dos senhores dos castelos feudais, detinha todo o poder e garantia a segurança da população que residia em suas terras.
O camponês vivia numa choça do tipo mais miserável. Trabalhando longa e arduamente em faixas de terras espalhadas na sociedade feudal, conseguia arrancar do solo apenas o suficiente para uma vida miserável. Pagava uma série de tributos ao seu senhor  e ainda devia a ele outras obrigações e lealdade.


3 - O feudalismo
Esta ruralização da sociedade será a base do Feudalismo. Na sociedade feudal, o senhor feudal era dono da terra  e do poder. O servo trabalha na terra do senhor e a ele devia obrigações.  Havia, ainda, os vilões (pequenos proprietários de terra que viviam sob a proteção de um senhor) e os ministeriais (fiscais).
A Relação de vassalagem envolvia a concessão de terras. O Suserano era aquele que concedia a terra e o Vassalo era aquele que recebia a terra. O suserano garantia a terra e dava proteção ao vassalo que em troca jurava fidelidade ao seu suserano.
Os principais impostos do mundo feudal eram: Corvéia (trabalho gratuito em determinados dias), Talha (pagamento de impostos com parte da produção), Banalidades (pagamento pelo uso de equipamentos do senhor), Mão –morta (imposto sobre a morte de algum servo para continuar a viver nas terras do senhor).
O feudo era dividido em manso senhorial (terras do senhor feudal), manso servil (terras em que os servos feudais trabalhavam) e manso comum (terras de comum uso: matas, pastagem...). No sistema feudal havia uma descentralização política, isto é, cada senhor feudal tinha plenos poderes no seu feudo.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Feudalismo - resumo

FEUDALISMO

Início.
Com as invasões bárbaras, grande parte da população romana fugiu para as vilas romanas, grandes propriedades rurais, onde trabalhavam em segurança e davam metade do que produziam aos proprietários. É o sistema de colonato. Esta ruralização da sociedade seria a base do Feudalismo.
Na sociedade feudal, o senhor feudal tinha a posse da terra e o poder. O servo trabalha na terra do senhor. A terra é a fonte de riqueza no sistema feudal. Havia ainda os vilões, (pequenos proprietários que viviam sobre a proteção de um senhor) e os ministeriais (fiscais).
Os principais impostos (taxas) do mundo feudal eram: Corvéia (trabalho gratuito em certos dias da semana). Talha ( entrega de parte da produção do servo). Banalidades ( pagamento pelo uso de certos equipamentos: moinho, fornos). Mão-morta (imposto sobre a morte de algum servo para continuar a viver na terra).

Sociedade feudal.
Na Idade Média, a propriedade da terra definia a relação de poder. O feudo era dividido em manso senhorial (terras de castelos feudais), manso servil (terras em que os servos moravam e trabalhavam) e manso de reserva (terras comuns). No sistema feudal havia uma descentralização política, isto é, cada senhor feudal tinha plenos poderes no seu feudo.
A relação de vassalagem envolvia a concessão de terras. O Suserano era aquele que concedia a  terra e o Vassalo era aquele que recebia a terra. O Suserano garantia a terra ao Vassalo e lhe dava proteção e o Vassalo prestava serviços, pagava taxas aos senhores feudais. A relação de vassalagem envolvia um pacto e uma relação de reciprocidade entre Suseranos e Vassalos.

Igreja na Idade Média.
A Igreja, na Idade Média, acumulava bens e riquezas. A igreja era muito poderosa e controlava a vida do homem medieval. Na igreja havia o Alto Clero (religiosos que viviam com os nobres) e o Baixo Clero (religiosos que viviam com os camponeses). Assim, a Igreja estava presente em todos os setores da vida medieval.
Os religiosos que viviam em paróquias (bispos, padres e cardeais) eram chamados de clero secular. Em oposição aos abusos do clero secular, surgiu o clero regular, que era composto por monges que viviam nos mosteiros, estudavam as sagradas escrituras e faziam votos de pobreza.
Durante a Idade Média surgiu uma série de heresias (pensamentos contrários à Igreja) que foram combatidos violentamente pelo Tribunal de Inquisição, que julgava e chegava a condenar à morte os hereges.

Cultura na Idade Média.
Durante toda a Idade Média, a Igreja Católica detinha todo o controle do conhecimento, do saber e da produção cultural. Em muitas regiões da Europa, apenas os padres sabiam ler e escrever. Existiam poucos livros e eram produzidos à mão.
O poder da Igreja Católica atingia todos os setores da sociedade e era ela quem respondia por todas as dúvidas das pessoas. É o que chamamos de Teocentrismo (Deus é o centro de tudo), isto é, tudo deve ser respondido conforme a Igreja desejava.
       As construções das grandes catedrais mostram a importância da Igreja neste período. 
      Neste período surgem dois grandes estilos arquitetônicos: românico e o gótico

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Feudalismo - artigo.

Artigo retirado do site  http://educacao.uol.com.br/historia/feudalismo-servidao-impostos-taxas-suserania-e-vassalagem.   Artigo muito bom e de fácil compreensão.


Servidão, impostos, taxas, suserania e vassalagem

Fernanda Machado*
Reprodução/Gov.México
Camponeses trabalham na terra do senhor feudal

Estudar o feudalismo é conhecer a fundo o modo como viviam as pessoas no período medieval. O feudalismo pode ser definido como um modo de produção, ou seja, a forma pela qual as pessoas faziam produtos necessários à sua sobrevivência. Também é entendido como um sistema de organização social, estabelecendo como as pessoas se relacionavam entre si e o lugar que cada uma delas deveria ocupar na comunidade.



O feudalismo consolidou-se a partir do século 8 e teve seu período de maior desenvolvimento até o século 10. Depois disso, esse modelo de sociedade ainda sobreviveu em alguns reinos europeus até o século 15, no final da Idade Média. Mas, para entendermos como ele surgiu, é necessário voltarmos ao próprio início da época medieval.

O fim do Império Romano

O marco do início da Idade Média foi a desagregação do Império romano do Ocidente, sediado em Roma, no século 5. Esse Império estava passando por sucessivas crises econômicas, devido à falta de escravos, e seu prestígio político declinava, devido a seu enfraquecimento militar e às invasões de povos bárbaros aos seus domínios.

Isolamento e proteção dos feudos


Assim, povos como os germanos (do Norte da Europa), os hunos (da Ásia), os vândalos (da África), além de húngaros e vikings (da Europa oriental) estavam atacando diversos pontos dos domínios romanos. Em 476, Odoacro, rei de um desses povos invasores, derrubou o imperador de Roma. A partir de então, os diversos povos, antes conquistados por Roma, passaram a se organizar em reinos, condados e povoados isolados, para se protegerem dos ataques dos estrangeiros. Esse isolamento também se estendia à área econômica, levando-os a manter basicamente uma produção para consumo próprio.



A população mais pobre, que vivia de trabalhos no campo, passou a submeter-se aos interesses dos poderosos de uma região, em troca de proteção contra esses ataques externos. Poder, no caso, significava a posse de armas e o comando de soldados. O estabelecimento dessa proteção dos mais poderosos aos pobres, em troca da lealdade, foi adotada pelos povos germanos, que foram dominando grande parte do extinto Império romano do ocidente.



Com o passar dos séculos, os camponeses foram se tornando cada vez mais dependentes desses senhores. Assim, os trabalhadores do campo, além de entregarem os produtos que cultivavam aos seus protetores, passaram a dar-lhes suas terras e oferecerem seus serviços para outras atividades. Com isso, grande parte dos camponeses tornaram-se servos.

Servidão: uma escravidão mais branda


A servidão era uma espécie de escravidão mais branda, pois, ainda que os servos não fossem vendidos, estavam obrigados por toda a vida a entregarem produtos e prestarem serviços a seus senhores. Além disso, não eram proprietários das terras em que trabalhavam, pois estas lhes eram "emprestadas" pelos senhores. A servidão era transmitida dos pais para os filhos, assim como os títulos de nobreza também eram hereditários.



Por sua vez, os nobres poderosos eram os chamados senhores feudais. Tinham esse nome em função do tipo de propriedade que possuíam, os feudos. Estes eram extensas propriedades de terras, mantidas isoladas para garantir a proteção das pessoas que ali viviam dos ataques de inimigos externos. Essas unidades eram supridas com uma produção de alimentos quase auto-suficiente, ou seja, produzida pelos próprios moradores, na medida de suas necessidades de consumo.



No plano dessas relações servis, havia diversos tipos de impostos que os servos tinham que pagar aos seus senhores, incluindo também os serviços que prestavam a eles. Desse modo, no manso senhorial - que eram as terras do feudo de uso do senhor e representavam um terço da área total - os servos tinham que trabalhar vários dias por semana, numa prática chamada de corvéia.

Impostos e taxas do feudo


No manso servil - que eram as terras pertencentes ao feudo, de uso dos camponeses, mas não de sua propriedade - parte do que era produzido ia para o senhor feudal. Essa taxa ficou conhecida como talha. Como os senhores feudais não deixavam escapar nenhuma oportunidade de cobrança de taxas ou impostos, os servos também pagavam a banalidade, um imposto pelo uso dos fornos e moinhos que o senhor controlava.



Havia também um pagamento relativo ao número de servos que moravam nos feudos, e era cobrado individualmente, "por cabeça" (ou em latim per capita): era a capitação. Por fim, o imposto da mão morta é uma demonstração cabal de até onde podia chegar a exploração dos senhores feudais sobre os servos, pois, além de herdar a servidão dos pais, quando estes morriam, os filhos ainda deveriam pagar mais essa taxa, para continuarem servindo ao mesmo senhor.



Mas não eram somente servos e senhores feudais que viviam em função dos feudos. Havia também homens livres e vilões (moradores de vilas, ou pequenas povoações). Estes eram pessoas pobres, que, para terem direito de plantar e colher em suas terras, trabalhavam também no manso senhorial, pagando ao senhor a corvéia.

Suserania e vassalagem


Os vilões e homens livres contribuíam com um outro imposto, o censo, baseado no número de indivíduos que compunham essa população livre. A novidade do censo é que ele era o único pago em dinheiro, já que todos os outros tributos consistiam em serviços ou produtos agrários. Isso evidencia o quanto era pequena a circulação de moedas na Europa, durante esse período.



Por fim, além do aspecto econômico dessas relações sociais, havia também práticas políticas e simbólicas dentro da sociedade medieval. Assim, os acordos entre os mais e os menos poderosos chamavam-se suserania evassalagem.  Essas relações de proteção e lealdade  ocorriam dentro da nobreza, quando um nobre mais pobre se tornava vassalo de um senhor mais rico e de maior prestígio, que se tornava seu suserano.



Havia vários ritos entre os nobres para celebrar esse pacto de fidelidade. No momento da assinatura do termo de doação de terras ou concessão de favores do suserano (senhor mais rico) ao vassalo (senhor mais pobre) um beijo entre os dois poderia selar o acordo, além de o vassalo ajoelhar-se perante o suserano. Podia-se receber também a investidura, que era um ramo de folhas ou outro objeto entregue pelo suserano ao vassalo. As investiduras funcionavam como símbolo das terras que a eles estavam sendo concedidas.
       http://educacao.uol.com.br/historia/feudalismo-servidao-impostos-taxas-suserania-e-vassalagem.jhtm

Idade Média e Feudalismo: vídeos.

Idade Média o o Feudalismo. Série Vestibulando Digital - História Geral (aulas 3 e 4)

 Vídeo 1: Feudalismo e crise da Idade Média.


Vídeo 2: Idade Média.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Idade Média: castelos, reis, senhores e camponeses.

Idade Média: castelos, reis, senhores e camponeses. 7º ano EF

1. Castelos: grandes fortalezas.
        Diante das invasões e guerras, do início da Idade Média, os castelos surgiram com objetivos defensivos. No início eram construídos de madeira, retirada das extensas florestas vizinhas, graças à habilidade dos camponeses em marcenaria.
        Com o tempo, os castelos se tornaram poderosos, construídos de pedra e alvenaria, com muralhas de 5 a 10 metros de altura e torres erguidas a cada 30 metros, garantindo o pleno controle visual de toda a redondeza. Castelos circundados por um fosso e que possuem acessos com ponte levadiça, que funciona com um sistema de pesos.
 Além de centro de defesa e abrigo para toda a população, quando surge uma ameaça, o castelo é a permanente residência do senhor, sua família, seus cavaleiros e sua criadagem.

2. Rei não passa de fantoche.
        Na Idade Média ocorreu uma progressiva redução dos poderes dos monarcas. Incapazes de oferecer a todos os súditos proteção contra os invasores bárbaros, os reis resignam-se à sua condição de fantoches nas mãos da nobreza.        É nesta condição social que se concentra o poder político. Os senhores feudais, garantindo a segurança da população que residia em suas terras, tem autonomia absoluta para governar, apoiados por seus vassalos.
        Assim, os senhores feudais impõem pagamento de tributos, organizam expedições militares para combater inimigos e administram a justiça em seus domínios sem qualquer interferência do poder real. Sobra então para o monarca o papel de mero figurante, pois não possui qualquer autoridade efetiva, já que não tem exércitos, recursos, nem mesmo prestigio.

3. A vida miserável do camponês.
Os servos constituíam-se na camada baixa da sociedade feudal e na principal força de trabalho.  Os servos formavam a maioria da população camponesa.
O camponês vivia numa choça do tipo mais miserável. Trabalhando longa e arduamente em faixas de terras espalhadas na sociedade feudal, conseguia arrancar do solo apenas o suficiente para uma vida miserável. Pagava uma série de tributos ao seu senhor e ainda trabalhava alguns dias da semana nas terras do senhor, sem receber pagamento.

                A prioridade era sempre a terra de seu senhor. A propriedade do senhor tinha que ser arada primeiro, semeada primeiro e ceifada primeiro. Se uma tempestade ameaça fazer perder a colheita, era a plantação do senhor a primeira que deveria ser salva. Assim, a vida do camponês ser tornava uma vida de trabalho e de condições miseráveis.

Idade Média.


Idade Média: castelos, reis, senhores e camponeses.

1. Castelos: grandes fortalezas.
Diante das invasões e guerras, do início da Idade Média, os castelos surgiram com objetivos defensivos. No início eram construídos de madeira, retirada das extensas florestas vizinhas, graças à habilidade dos camponeses em marcenaria.
Com o tempo, os castelos se tornaram poderosos, construídos de pedra e alvenaria, com muralhas de 5 a 10 metros de altura e torres erguidas a cada 30 metros, garantindo o pleno controle visual de toda a redondeza.  Castelos circundados por um fosso e que possuem acessos com ponte levadiça, que funciona com um sistema de pesos.
Além de centro de defesa e abrigo para toda a população, quando surge uma ameaça, o castelo é a permanente residência do senhor, sua família, seus cavaleiros e sua criadagem.

2. Rei não passa de fantoche.
Na Idade Média ocorreu uma progressiva redução dos poderes dos monarcas. Incapazes de oferecer a todos os súditos proteção contra os invasores bárbaros, os reis resignam-se à sua condição de fantoches nas mãos da nobreza.
É nesta categoria social que se concentra o poder político. Os senhores feudais, garantindo a segurança da população que residia em suas terras, têm autonomia absoluta para governar, apoiados por seus vassalos.
Assim, os senhores feudais impõem pagamento de tributos, organizam expedições militares para combater inimigos e administram a justiça em seus domínios sem qualquer interferência do poder real.
Sobra então para o monarca o papel de mero figurante, pois não possui qualquer autoridade efetiva, já que não tem  exércitos, recursos, nem mesmo prestígio.

3. A vida miserável do camponês.
            Os servos constituíam-se na camada baixa da sociedade feudal e na principal força de trabalho. Os servos formavam a maioria da população camponesa.
O camponês vivia numa choça do tipo mais miserável. Trabalhando longa e arduamente em faixas de terras espalhadas na sociedade feudal, conseguia arrancar do solo apenas o suficiente para uma vida miserável. Pagava uma série de tributos ao seu senhor e ainda trabalhava alguns dias da semana nas terras do senhor, sem receber pagamento.
 A prioridade era sempre a terra do seu senhor. A propriedade do senhor tinha que ser arada primeiro, semeada primeiro e ceifada primeiro.  Se uma tempestade ameaçava fazer perder a colheita, era a plantação do senhor a primeira que deveria ser salva. Assim, a vida do camponês se tornava uma vida de trabalho e de condições miseráveis.

Idade Média e Feudalismo: alguns conceitos.

IDADE MEDIEVAL (476 – 1453)

Alta Idade Média: A Europa se torna cristã. As pessoas moram no campo. As cidades e o comércio perdem a importância. Surge o Feudalismo. A Alta Idade Média durou do século V ao século X.

Baixa Idade Média: O Feudalismo entra em crise. Há uma transição do fim da Idade Média para a Idade Moderna. Surgem as primeiras estruturas para o capitalismo. A Baixa Idade Média durou do século X até o século XV.

Feudo: Era o tipo predominante de organização econômico-social durante a Idade Média, também chamada de senhorio ou domínio.

Benefício: No direito feudal, concessão de terras, por parte de um suserano, como recompensa ou troca de algumas obrigações do vassalo.

Vassalo: Nobre que recebia o feudo e se obrigava a prestar auxilio militar a seu suserano

Outorga: Concessão, permissão.

Corvéia: Os servos deviam cultivar as terras da reserva senhorial de duas a três vezes por semana, sem ganhar nada por isso. Assim, sempre havia servos trabalhando gratuitamente nas terras do senhor.

Talha: Os servos entregavam ao senhor uma parte do que produziam nas terras em que moravam e produziam. Em geral, este imposto variava entre 30% e 40%.

Banalidades: Para utilizar as instalações da reserva do senhor, como forno, moinhos e equipamentos, os servos entregavam ao senhor uma parte da produção.

Mão-morta: Imposto pago pelo servo para continuar a morar na terra após a morte de um familiar.

Concessões de terras: Terras cedidas pelo senhor a título de posse (benefícios) inicialmente por serviços prestados e depois como forma de aumentar o número de vassalos. Essa concessão criava uma série de obrigações do vassalo com o seu senhor.

Manso feudal: Terra feudal. Havia dois tipos de mansos feudais: manso senhorial e manso servil. O detentor de um manso servil estava obrigado a prestar serviços e a uma série de obrigações com o se seu senhor. O manso senhorial correspondia a aproximadamente metade das terras feudais e pertencia ao senhor feudal.

Terra comunal: Bosques, pastagens, lagos e matas. Destas terras comunais, os servos retiravam  parte do seu sustento. Nestas terras comunais, os senhores praticavam a caça.

Servos: Camponês que estava preso à terra para o resto da vida. Em troca de proteção e do direito de usufruir a terra, ele devida cultivar as terras recebidas e a cumprir uma série de obrigações com o seu senhor.

Vilões: Eram camponeses livres que viviam nas vilas. Com o passar do tempo, muitos vilões acabaram  cedendo suas propriedades aos senhores feudais em troca de proteção.

Escravos: A escravidão era pequena e restrita. Os poucos escravos que havia trabalhavam principalmente nos afazeres domésticos dos castelos senhoriais.