Frase andante

"Feliz é aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina." (Cora Coralina)------------------- "Educai as crianças para que não seja necessário punir os adultos." (Pitágoras)

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terça-feira, 25 de agosto de 2020

Vida no engenho de açúcar do Brasil colonial


             A vida  no engenho de açúcar na colônia brasileira.

Fonte: Nelson Piletti e Cláudio Piletti. História e Vida Integrada. 6ª série. Editoar Ática. São Paulo.

Trabalho escravo.
  Os escravos são mãos e os pés do senhor do engenho, porque sem eles no Brasil não é possível fazer, conservar e aumentar fazenda, nem ter engenho corrente. Por isso, é necessário comprar cada ano alguns escravos e reparti-los pelas roças, serrarias e barcas.
Uns chegam ao Brasil muito rudes e muito fechados e assim continuam por toda a vida. Outros, em poucos anos ficam ladinos e espertos. Aprendem a doutrina cristã, constroem barcos, levam recados e fazem qualquer trabalho. As mulheres usam de foice e de enxada, como os homens. Os que desde novatos se meteram em alguma fazenda, não é bom que os tirem dela contra sua vontade, porque facilmente se entristecem e morrem. Os que nasceram no Brasil, ou se criaram desde pequenos em casa dos brancos, afeiçoando-se a seus senhores, levam bom cativeiro.           
(André João Antonil, Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas.)

O poder do senhor de engenho.
 Se o escravo era as mãos e os pés do senhor de engenho, este, por sua vez, era uma espécie de juiz supremo não só da vida dos escravos, mas de todas as demais pessoas que viviam nos seus domínios: tanto do padre que rezava a missa aos domingos quanto da própria mulher, filhos e outros parentes.
A casa-grande, residência do senhor de engenho do Nordeste, era, de fato, muito grande. Nos seus muitos cômodos podiam viver setenta, oitenta ou mais pessoas. Reinava sobre todos a autoridade absoluta do senhor de engenho, que decidia até sobre a morte de qualquer pessoa, sem ter que prestar contas à justiça ou à polícia. Fazia ele a sua própria justiça (...).
Além da mulher e dos filhos do senhor de engenho, na casa-grande viviam os filhos que se casavam, outros parentes, escravos de confiança que cuidavam dos serviços domésticos, filhos do senhor de engenho com escravas e, ainda, agregados, que eram homens livres, que nada possuíam e prestavam algum serviço em troca de proteção e do sustento.
A grande dominação do senhor de engenho sobre tudo se explica pelo isolamento em que viviam e pela total ausência de autoridade da polícia e da justiça. As cidades eram poucas, muito pequenas e sua influência não se estendia aos engenhos.  As poucas autoridades que viviam nessas cidades ficam distantes dos engenhos, uns também muito distantes dos outros. Assim, a dominação do senhor de engenho acabava se impondo. (...)                              
(Adaptado de Rodolpho Telarolli. O poder da família do senhor de engenho.)

Casamento: um acerto entre famílias.
Ao contrário do que acontece hoje, os casamentos não eram feitos por escolha individual; não eram os noivos que decidiam o casamento, depois de um período de namoro. A escolha era feita pelos pais e não levava em conta a afetividade, a atração de um pelo outro. Eram outros interesses que prevaleciam, principalmente os de parentesco, afim de que as fortunas, por meio das heranças, ficassem entre poucas famílias. Por isso eram comuns os casamentos entre primos e entre tios e sobrinhas.
Depois do casamento o casal passava a mor na casa do pai da moça ou do pai do moço. O filho mais velho tinha autoridade sobre os mais novos, que o tratavam com respeito e podiam ser por ele castigados. Era uma espécie de preparação para substituir o pai, quando este morresse.
(Adaptado de Rodolpho Telarolli. O poder da família do senhor de engenho.) 

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Economia açucareira no Brasil - vídeos - II.

Brasil:  a colônia e o açúcar.

Economia açucareira - vídeo 1
Novo Telecurso E. Fundamental História. Aula 5
http://www.youtube.com/watch?v=HT5Z9qRjUqM

Economia açucareira - vídeo 2
Novo Telecurso E. Fundamental História. Aula 5
http://www.youtube.com/watch?v=zsI97W_McrA

domingo, 23 de agosto de 2020

Economia açucareira - início.


Brasil: início da colonização e cana-de-açúcar.

A. Bases da colonização.
A economia colonial do Brasil foi organizada por Portugal como “plantation” e tinha as seguintes características: monocultura (predomínio de uma só cultura), latifúndio (grandes extensões de terras), escravidão ( mão - de - obra escrava) e exportação ( produção destinada à exportação).
A posse da terra era controlada e distribuída pelo governo português que no Brasil era representado pelos governadores-gerais e sua equipe. As cidades eram administradas pelas câmaras municipais composta dos “homens-bons” (fazendeiros, padres e militares) e tinham certa autonomia para elaborarem algumas leis municipais.
A igreja católica enviava padres (principalmente jesuítas) para catequizarem os indígenas e para cuidar da educação  (colégios) dos filhos dos colonos portugueses.

B. Escravos negros.
        A exploração do Brasil por Portugal se baseou na mão-de-obra escrava negra. Portugal já traficava negros para a Europa e logo decidiu traficá-los para o Brasil, já que encontrava muitas resistências com a mão-de-obra indígena.
            O tráfico negreiro para o Brasil se tornaria uma atividade muito lucrativa. Os negros bantos (enviados para o Rio de Janeiro e Pernambuco) e os sudaneses (enviados para Bahia) foram os principais grupos africanos a chegarem à colônia brasileira.

C. Cana-de-açúcar.
          O primeiro engenho de açúcar no Brasil foi instalado em São Vicente (1532) por Martin Afonso de Sousa, mas foi o nordeste (principalmente Pernambuco) que se tornou o maior centro de produção do açúcar.
Solo favorável, clima quente e úmido, aumento do consumo na Europa, declínio no comércio de Portugal com as Índias, a ameaça de invasão do Brasil por estrangeiros são as principais causas que levaram Portugal a produzir açúcar no Brasil.
Mas, faltava capital para investimento, já que produzir açúcar exigia maiores investimentos do que explorar pau-brasil na costa brasileira. Para isso, Portugal faz uma parceria com a Holanda: os holandeses investem capital na produção e recebem exclusividade na comercialização do açúcar na Europa. Esta parceira renderia à Holanda os lucros maiores do negócio açucareiro.
As grandes propriedades (latifúndios) nas quais se plantava cana e se produzia açúcar eram conhecidas como engenhos. A maior parte das terras do engenho era utilizada na plantação da cana (monocultura) para produzir  açúcar  e ser  exportado  (exportação) e uma parte menor para a produção de alimentos. A grande maioria dos trabalhadores eram escravos negros (escravidão) e os homens brancos apenas administrava a produção.
O senhor de engenho comandava toda a vida no engenho: morava na casa-grande, era proprietário dos escravos, mandava na sua família sinhá,  sinhazinha  e filhos) e  dominava a vida política de sua região. Os escravos eram propriedades do senhor, explorados e moravam nas senzalas, moradias coletivas com péssima higiene.

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Nova Holanda ou Brasil Holandês: ficha-resumo


Brasil Holandês ou Nova Holanda( 1630-1654): ficha resumo.

Com a formação da União Ibérica (1580-1640), a Espanha passa a dominar Portugal e suas colônias. Os espanhóis, inimigos da Holanda, proíbem os holandeses, antigos parceiros de Portugal no Brasil, de comercializarem açúcar no Brasil.
A Holanda não aceita a proibição espanhola e após algumas tentativas, invade e toma o nordeste brasileiro em 1630.  Os holandeses ficaram no nordeste brasileiro 24 anos (1630-1654) e foram tolerantes com católicos, judeus e protestantes.
O principal governante do Brasil Holandês foi Maurício de Nassau que organizou a produção do açúcar e modernizou a cidade de Recife. Após volta de Maurício de Nassau para a Europa, os fazendeiros e comerciantes brasileiros começaram a se organizar contra os invasores holandeses.
Após as duas Batalhas dos Guararapes, os holandeses deixaram o Brasil em 1654. Com a saída dos holandeses, o açúcar do Brasil entra em crise, pois os holandeses produzirão um açúcar de melhor preço e qualidade na América Central.