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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Democracia Populista no Brasil - texto.

Brasil - Democracia  Populista.


Democracia Populista (1945-1964)

Após a saída de Getúlio Vargas da presidência (1945), o país entra em um período democrático. Em 1946, com a Nova Constituição, há uma reorganização dos partidos políticos (PSD – UDN – PTB- PCB). Eurico Gaspar Dutra (1946-1951), eleito em 1945, rompeu com a URSS, colocou na ilegalidade o Partido Comunista e criou o Plano SALTE (investimentos em saúde, alimentação, transporte e energia).
Nas eleições de 1950, Getúlio Vargas vence com 48% dos votos. O governo populista de Vargas fortaleceu a industrialização e criou grandes empresas estatais (Eletrobrás, BNDE e Petrobrás). Vargas queria atrair capitais estrangeiros para associá-los ao nacional. Acusado de “entreguismo”, acabou perdendo apoio da burguesia. Buscando o equilíbrio da sociedade, chamou João Goulart para o Ministério do Trabalho, o que desagradou os setores conservadores e as Forças Armadas. A crise econômica aumentou ainda mais os protestos contra Vargas. Vargas acabou completamente isolado. Após o atentado em que morreu o militar Rubens Florentino e deixou ferido o governador Carlos Lacerda, dono do jornal Tribuna da Imprensa, Getúlio é acusado de ser o mandante e é pressionado pelos militares para deixar o poder. Em 24/08/1954, Getúlio suicidou-se com um tiro no coração.
Juscelino Kubitschek de Oliveira (1956-1961) vence as eleições e adota um estilo conciliatório. JK afirmava que em seu governo o Brasil cresceria “50 anos em 5”. Elaborou um programa de desenvolvimento nacional denominado Plano de Metas (investimentos em energia, alimentação, transporte, educação e indústria de base).
Governo JK. Construção de Brasília (1960). Formação de um parque industrial no ABC paulista (indústria automobilística). O governo JK consolidou o processo de industrialização. Mas, o custo não tardaria a aparecer sob a forma de endividamento externo, da alta da inflação e do aumento da dependência econômica do país. O processo de industrialização foi acompanhado de um crescimento significativo das cidades e do modo de vida urbano.
Jânio Quadros tomou posse em 1961. Jânio (usava a vassoura como emblema do combate à “bandalheira nacional”) estabeleceu uma política de combate à corrupção, adotou medidas de austeridade e moralismo e no plano externo adotou uma política de não alinhamento aos Estados Unidos. Mas, Carlos Lacerda e a UDN, partido de sustentação do governo, passaram para a oposição, alegando pouco espaço no governo. A condecoração dada pelo presidente Jânio Quadros ao guerrilheiro Ernesto “Che” Guevara acelerou a crise política do momento. Em agosto de 1961 Jânio Quadros anunciou sua renúncia com apenas sete meses de governo.
Quando Jânio Quadros renunciou, o vice-presidente (João Goulart) estava em viagem oficial à China comunista.  João Goulart era um político visto por muitos brasileiros com um “comunista transvertido de democrata”. Carlos Lacerda, a UDN e setores militares não aceitam sua volta, temerosos de que ele adotasse uma política “antiamericana e esquerdista” (são os chamados “golpistas”). Leonel Brizola, governador do Rio Grande do Sul e cunhado de João Goulart (Jango) organiza um movimento no sul do país defendendo a volta de Jango ao Brasil (são os chamados “legalistas”).  Diante do impasse, o grupo de Carlos Lacerda aceita a volta de Jango, que toma posse em 07/07/1961. Mas, para limitar os poderes do novo presidente é instituído no país o parlamentarismo. Dois anos depois, 1963, João Goulart vence um plebiscito realizado para escolha entre o presidencialismo e o parlamentarismo. O país volta ao regime presidencialista.
Realizações do governo João Goulart: Plano Trienal (combate à inflação, incentivo à industrialização, renegociação da dívida externa e início de uma reforma agrária). João Goulart passa a priorizar a reforma agrária e sinaliza com uma política externa independente dos Estados Unidos e de instauração de “Reformas de Base” (reforma agrária, nacionalização das indústrias, votos aos analfabetos e controle da remessa de lucros ao exterior).
Cresce a oposição ao governo e o presidente participa de um grande comício popular em 13/03/64 no Rio de Janeiro, onde promete realizar reformas de base e ainda uma revisão na Constituição.  Em 31/03/64 os militares, com apoio dos governadores de SP, Minas e Guanabara, dão um Golpe de Estado. João Goulart não reagiu e buscou asilo político no Uruguai. Os militares assumem o poder.

Leia o texto novamente e atenção com os seguintes pontos:
·         Dutra. Conservadorismo. Plano SALTE
·         Vargas.  Grandes Estatais. Crises internas. Morte.
·         JK. Desenvolvimentismo: 50 anos em 5. Brasília: nova capital.  Crise no último ano de governo.
·         Jânio Quadros: política externa. Política interna. Renúncia.
·         João Goulart: Legalistas X Golpistas. Parlamentarismo. Reformas de Base. Movimento de 31/03/64.

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