Frase andante

"Feliz é aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina." (Cora Coralina)------------------- "Educai as crianças para que não seja necessário punir os adultos." (Pitágoras)

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ATENÇÃO. Este blog é apenas mais uma ferramenta de apoio complementar ao conteúdo do livro didático para auxiliar meus alunos e visitantes. Os vídeos e textos apresentados e indicados estão disponíveis na internet e são citados sempre com as referências e fontes. Que este blog seja mais um instrumento de aprendizagem e reforço de conteúdo para todos os visitantes. Seja bem-vindo(a).

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domingo, 20 de novembro de 2016

Nova República no Brasil (vídeos)

 Vídeos -  Brasil: Nova República


Vídeos Novo Telecurso - aula 38- História ( 2 partes).


Parte 1


Parte 2

Nova República (Brasil)

 Brasil: Nova República.

Nova República – Brasil (1985-...)

Em 1985 Tancredo Neves foi eleito presidente do Brasil em uma eleição indireta (escolhido pelo Colégio Eleitoral). Antes da posse como presidente do Brasil, Tancredo Neves é internado e em 21 de abril morre em um hospital de São Paulo. Assim, o vice de Tancredo Neves, José Sarney se torna o primeiro presidente civil do Brasil após o período da ditadura militar.
Governo José Sarney (1985-1990). O governo de Sarney tratou de acelerar a redemocratização do país, modificando leis herdadas dos militares e em outubro de 1988 seria promulgada a nova constituição do Brasil (atual constituição). O governo Sarney realizou várias tentativas de conter a inflação (aumento generalizado de preços) e o Plano Cruzado foi um deles.  
         O Plano Cruzado foi lançado em março de 1986 e determinava o tabelamento e o congelamento dos preços dos produtos no mercado. Os salários seriam reajustados pela média dos últimos seis meses. O cruzeiro foi substituído pelo cruzado. Sucesso no início, mas fracasso com o passar do tempo: produtos desapareceram do mercado causando desabastecimento, descaracterização do produto com o objetivo de alterar o preço, surgimento do ágio em produtos e serviços. Mesmo com outros planos econômicos, Sarney terminou seu governo sem conseguir tirar o país da crise econômica.
         Em 05 de outubro de 1988 foi promulgada a nova constituição do Brasil. São características desta constituição: direito de votos para analfabetos, direito de votos (facultativo) para maiores de 16 anos, estabelecimento do segundo turno para eleições em cidades com mais de 200 mil eleitores, fim da censura prévia, garantia de liberdades sindicais (organização sindical e greves), condenação de práticas discriminatórias e estabelecimento do racismo como crime inafiançável. Atualmente em vigor, é chamada de Constituição Cidadã, pois permitiu a ampliação dos direitos individuais e o fortalecimento das liberdades públicas.
Governo Fernando Collor (1990-1992). Primeiro presidente do Brasil escolhido por eleições diretas (1989) após o período da ditadura militar. Entre as primeiras medidas, criou o Plano Brasil Novo (conhecido como Plano Collor), que determinou o confisco imediato de dinheiro, com o bloqueio de contas bancárias e o congelamento de salários em todo o país. O plano não funcionou, provocou revolta, não conteve a inflação e fracassou.
         Em 1992 Collor foi denunciado pelo irmão Pedro Collor por prática de corrupção em conjunto com seu tesoureiro de campanha, Paulo César Farias. Foi instalada uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as denúncias. Com o pedido de abertura do processo de impeachment (afastamento) no Congresso Nacional, Fernando Collor é afastado interinamente. Durante o julgamento do processo, Fernando Collor renuncia ao cargo e o vice Itamar Franco toma posse definitivamente na Presidência.
Governo Itamar Franco (1992-1994). No governo de Itamar Franco é lançado o Plano Real (1994) pelo ministro da fazenda, Fernando Henrique Cardoso. Não há congelamento de preços e salários. Inicialmente cria-se a URV (Unidade Real de Valor) e depois de meses a moeda muda para Real. Com o sucesso do plano econômico, Fernando Henrique Cardoso se viabiliza como candidato à sucessão de Itamar Franco e vence Lula nas eleições presidenciais de outubro de 1994.
Governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Fernando Henrique Cardoso (FHC) deu continuidade à estabilização da moeda, fortalecendo o Plano Real, abriu o país ao mercado externo para atrair investimentos, diminuiu o tamanho do Estado com muitas privatizações de estatais. Em 1997 é aprovada a emenda que permite a reeleição presidencial e no ano seguinte FHC seria reeleito presidente.
No segundo mandato, FHC faz ajustes ao Plano Real, mas começa a receber críticas com o crescimento do desemprego, a desnacionalização da economia e a concentração de renda. Em 2002, Lula (Luiz Inácio Lula da Silva) é eleito presidente do Brasil
Governo Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010).  Primeiro presidente originário da classe trabalhadora no Brasil. Lula dá continuidade à política econômica de FHC, fortalecendo a moeda (Real), combatendo a inflação e buscando o crescimento econômico. No início do segundo mandato (reeleito em 2006), o governo Lula lança um projeto de dinamização e crescimento econômico, chamado de Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Fruto do fortalecimento da moeda, do combate à inflação e da forte atuação do governo, como a redistribuição de renda (bolsa-família), a atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e lançamento do PAC, a inflação é contida e a economia do país volta a crescer.  Nas eleições presidenciais de 2010, a candidata de Lula vence e se torna a primeira mulher a governar o Brasil. Dilma Rousseff toma posse na presidência do Brasil no início de 2011.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

União Europeia - videos.

União Europeia - vídeos (2)

Dois vídeos sobre a União Europeia. Telecurso - EF - Aula 43

Parte 2
                               


Parte 1


União Europeia - resumo.


União Europeia.

1. União Europeia – resumo.  O Mercado Comum Europeu (MCE) foi criado pelo Tratado de Roma (1957) pelos países: Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Alemanha, França e Itália. Em 1973, são admitidos como membros o Reino Unido, a Dinamarca e o Eire (República da Irlanda). Em 1981, entra a Grécia e em 1986 entram Portugal e a Espanha, formando a Europa dos Doze ou CEE (Comunidade Econômica Europeia). Em 1987, os 12 países assinam um Ato Único, objetivando que tudo passasse a ser único entre seus membros. Esse ato foi ratificado em 1991 na reunião de Maastricht, na Holanda, com a adoção das mesmas tarifas tributárias, moeda comum (antigo ECU, atual EURO). A União Europeia (UE) tem início em 01/01/1993. Em 1995, entram a Suécia, a Finlândia e a Áustria, e outros países pedem para ser admitidos.       Os países da UE têm várias características como: alta porcentagem de idosos, crescimento populacional muito baixo; elevada taca de urbanização e altas densidades demográficas;  países altamente industrializados como Alemanha, Reino Unido, França e Itália, que fazem parte do G7;     países com elevado padrão de vida (IDH), mas com industrialização média como Dinamarca, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Suécia, Finlândia, Noruega e Áustria; -países com economia agrária e/ou setor industrial em expansão: Portugal, Espanha, Grécia, Irlanda (Eire).         Os países da UE vivem o sério problema da “invasão de imigrantes”, do aumento do desemprego e a consequente xenofobia. Em 1991, em Maastricht, os alemães, receosos de substituir a moeda alemã (marco) por uma divisa mais fraca (euro), impuseram quatro metas rígidas como precondição para a unidade monetária em 1999: controle do déficit público; dívida pública; inflação anual e taxa de juros. Em 2002, a moeda EURO passou a ser oficial. Em 2003 foram aceitos mais dez membros e estabelecida a nova Constituição que substituirá o Tratado de Roma, o Ato Único, Maastricht após as votações dos países da UE.          A PAC (Política Agrícola Comum) adotada pelos países da UE,é criticada pelo sistema de subsídios agrícolas, o que leva a um excesso de produção agrícola e deprime preços agrícolas do mundo todo, prejudicando países que dependem das exportações agrícolas.

2. Origens.  A União Europeia é o maior bloco econômico mundial, já ultrapassou o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos e exporta um volume cinco vezes maior que o dos norte-americanos. O bloco nasce em 1951, com seis países formadores da Comunidade Econômica Europeia (CEE): Alemanha Ocidental, França, Bélgica, Holanda, Itália e Luxemburgo. Ele cria quatro fundamentos:  livre de circulação de mercadorias, de capitais, de serviços e de pessoas. Com o Tratado de Maastricht, em 1992, nasce a União Europeia, e o bloco passa a reunir 12 países, com a adesão de Dinamarca, Espanha, Grécia, Irlanda, Portugal e Reino Unido. Em 1995, Ingressam Áustria, Finlândia e Suécia.Em 2002, entra em circulação uma moeda comum, o euro, em 12 dos 15 países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo e Portugal. Posteriormente, mais quatro países aderem ao euro: Eslovênia (2007), Chipre (2008), Malta (2008) e Estônia (2011). Para utilizarem o euro, os países submetem-se a controle dos gastos públicos. Essa “equalização” dos diversos orçamentos nacionais teve influencia na vida cotidiana das pessoas, com acentuada queda do poder aquisitivo da classe média dos países mais pobres.Em 2004, mais de dez nações ingressam no bloco: Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia e República Tcheca. Em 2007, ingressam a Romênia e a Bulgária, totalizando os 27 países-membros atuais. Hoje, Turquia, Croácia, Macedônia e Islândia são candidatos a ingressar no bloco.

3. Tratado de Lisboa. Para reforçar as instituições do bloco e simplificar a administração e o processo decisório da união, os países-membros tentam aprovar uma Constituição Europeia. Em 2005, o documento da Constituição foi derrotado em referendos nacionais na França e na Holanda. Para substituí-lo e viabilizá-lo, as lideranças europeias formularam o Tratado de Lisboa. É uma versão simplificada da proposta anterior, que dependia de aprovação unânime das nações do bloco.A maior parte dos países-membros aprovou o tratado após submeter o tema em Parlamento. Porém, na Irlanda, a aprovação do acordo dependia da votação popular. Em 2008, os irlandeses rejeitaram o acordo em plebiscito. Apenas em outubro de 2009, em novo plebiscito, os irlandeses o aprovam, com 67,1% dos votos.Para garantir sua aprovação, foram evitados termos como “Constituição”. O texto não prevê a existência de hino e bandeira, símbolos que poderiam reforçar a visão de um poder supranacional. Mas quase todos os pontos previstos na proposta de Constituição foram preservados no Tratado de Lisboa. Veja os principais:A EU passa a ter três presidentes: um presidente eleito pelo Conselho Europeu, com mandato de dois anos e meio, renovável uma vez (atualmente o cargo é exercido por Herman van Rompuy, ex-primeiro ministro da Bélgica, eleito em novembro de 2009); um presidente rotativo  com mandato de seis meses (em janeiro de 2011, o presiente da Hungria, PálSchimitt, deve assumir o cargo); e um presidente da Comissão Europeia, o português José Manuel Barroso.A EU passa a ter uma chancelaria única, com embaixadas em mais de uma centena de países. Para o cargo de ministro das Relações Exteriores, foi eleita a comissária econômica da EU, a britânica Catherine Ashton.O Parlamento europeu passa ter mais poder de decisão em assuntos de interior e justiça dos países, numa estrutura próxima à de uma federação nacional. A legislação de cada país terá de seguir as diretrizes estabelecidas pela EU.A partir de 2014, a aprovação de qualquer lei passa a ser pela aceitação de 55% dos Estados, desde que representem 65% da população do bloco. A divisão do número de deputados europeus também foi modificada, e os países mais populosos terão mais deputados.

4. Crise do euro. O ano de 2010 parecia promissor para a EU, após a aprovação do Tratado de Lisboa. Porém, a crise econômica na Grécia evidenciou algumas fissuras no bloco, como o elevado endividamento do Estado, problema que é comum a outros países-membros. Nações como Portugal, Itália, Irlanda e Espanha apresentam déficits orçamentários (diferença entre o que se gasta e o que se arrecada) bem superiores ao teto de 3% imposto aos países que usam o euro como moeda. Temendo que a crise se alastrasse para outros países, a EU aprovou um pacote de 750 bilhões de euros para proteger a economia do bloco.A crise grega também pôs o euro em xeque. O receio de que os países gravemente endividados não honrassem sues compromissos financeiros assustou os investidores e disseminou ataques especulativos à moeda. Como consequência, o euro amargou forte desvalorização. Para proteger o euro, a EU anunciou em maio que vai melhorar a supervisão para impedir que os países-membros acumulem novas dívidas e criará um fundo para ajudar países ameaçados. O maior desafio é estabelecer uma política fiscal e orçamentária única para um bloco com interesses e perfis econômicos tão heterogêneos.

Para saber mais, consulte:
http://www.brasilescola.com/geografia/uniao-europeia.htm
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/uniao-europeia/uniao-europeia.php



Fontes:  Almanaque Abril 2011. Editora  Abril. São Paulo.
Fichas-Resumo. Coleção Objetivo.







sábado, 29 de outubro de 2016

=== Quadro: rebeliões coloniais - 7ºs anos ===

Rebeliões coloniais – nativistas

Revoltas
Localização
Grupos sociais
Causas
Resultados

Revolta dos Beckman


Maranhão
1684

Fazendeiros
X
Administração colonial
* Fim do monopólio da Companhia de Comércio do Maranhão.
* Fim da proibição de escravizar indígenas.
Enforcamento dos líderes, exceto Thomas Beckman, deportado para Pernambuco

Guerra dos Emboabas

Minas Gerais
1707-1709
Emboabas (forasteiros)
X
Bandeirantes paulistas
Disputa pelo domínio da região das Minas Gerais, controlada pelos paulistas.
*Derrotas dos paulistas.
*Separação de São Paulo e Minas Gerais da Capitania do Rio de Janeiro.

Guerra dos Mascates

Pernambuco
1710-1714
Comerciantes (mascates de Recife)
X
Fazendeiros de Olinda
Autonomia de Recife em relação a Olinda.
* Vitória de Recife.
*Recife se tornou centro administrativo da capitania
Revolta de Felipe dos Santos

Vila Rica
Minas Gerais-1720

Mineradores
X
Governo de Minas
A existência das Casas de fundição e de tributos sobre o ouro
*Manutenção das Casas de fundição e dos tributos.
*Enforcamento de Felipe dos Santos

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Simples Filosofia - A História da Filosofia em 47 Crônicas de Jornal

Simples Filosofia - A História da Filosofia em 47 Crônicas de Jornal

Simples Filosofia - A História da Filosofia em 47 Crônicas de Jornal
Simples Filosofia - A História da Filosofia em 47 Crônicas de Jornal
Editora: Rocco. Rio de Janeiro. 2009 



Reunidos em 'Simples filosofia - A história da filosofia' em 47 crônicas de jornal
Os textos buscam trazer a filosofia do campo conceitual para o mundo cotidiano e demonstram seus impactos na alma humana. Um painel da formação do pensamento filosófico ocidental desde as cidades-estado gregas da antiguidade até a Europa do século XX agora ao alcance de todos, leigos ou especialistas no tema.

Fonte: www.livrariasaraiva.com.br

domingo, 25 de setembro de 2016

Segundo Reinado do Brasil: café (vídeos)

Vídeos - Segundo Reinado: economia cafeeira.


Vídeos (parte 1 e parte 2). Segundo Reinado e o café. 
Vídeos do  Novo Telecurso - Ensino Médio - História - Aula 40.


Parte 1


Parte 2

Segundo Reinado brasileiro: café e consequências (resumo).

Resumo - Segundo Reinado: café e consequências.   

O Segundo Reinado: café e consequências.

O Segundo Reinado tem início em 1840, com a maioridade de D. Pedro II e termina com a proclamação da República em 1889. Foi um período em que o país passou por grandes transformações, desde mudanças políticas (governo parlamentarista), sociais (chegada dos imigrantes com o fim da escravidão), tecnológicas (telégrafo, ferrovias) e econômicas (cafeicultura). O café foi o principal produto de exportação do Brasil durante o Segundo reinado, deu sustento ao império e proporcionou a definitiva consolidação do Estado nacional.
O café tomou a baixada fluminense no início do século XIX com suas plantações comerciais e logo se espalharia pelo vale do Paraíba (fluminense e depois paulista) e nos meados do mesmo século já chegava ao oeste paulista. Esta expansão se deve a vários motivos, entre eles, causas externas, como o aumento do consumo na Europa e nos EUA e crise na produção do Haiti e Indonésia e ainda causas internas, como disponibilidade de mão de obra escrava, grandes extensões de terras, terras férteis e clima favorável. Tudo isso fez com que o café superasse todas as culturas existentes no país já em meados do século XIX.
As ferrovias foram de fundamental importância para o escoamento da produção cafeeira. Enquanto a produção estava centralizada no Rio de Janeiro e no vale do Paraíba, a proximidade do porto e abundância de mulas para o transporte não geravam problema para a exportação. Mas, com a expansão do café para o oeste paulista, a distância para o escoamento da produção no porto aumentava a cada dia, gerando mais custos de transportes, mais dificuldades e diminuição dos lucros. A solução encontrada foi a construção de ferrovias. As ferrovias diminuíam o custo, o tempo e a distância e entre as fazendas produtoras e o desembarque no porto para exportação. Assim, no final do século XIX e início do século XX as ferrovias já cortavam o interior de São Paulo transportando café do interior para o porto e trazendo da cidade de São Paulo para o interior uma grande quantidade de produtos manufaturados.
O interior de São Paulo passou por grandes transformações com a chegada da lavoura cafeeira. Junto com as ferrovias, desenvolvem as cidades,  com suas estações de embarque de café, de passageiros e  também desembarque de produtos vindos da capital. Nas proximidades das estações nas cidades, desenvolvem-se o comércio, hotéis, armazém para estoque do café e toda uma série de serviços. As cidades crescem e aceleram o processo de urbanização do interior de São Paulo. Assim, importantes cidades vão ganhando  destaque no interior paulista: Campinas, Limeira, Rio Claro, São Carlos, Araraquara, Ribeirão Preto e  São José do Rio Preto.
O fazendeiro cafeicultor do oeste paulista tinha uma visão diferenciada da maioria dos fazendeiros do vale do Paraíba e já antecipava a provável extinção da escravidão, devido ao contexto internacional e ao encarecimento do custo do escravo no mercado interno. Diante desta situação, os fazendeiros paulistas, em parceria com o governo, vão viabilizar um projeto de estimulo à vinda de trabalhadores europeus para as lavouras de café do interior paulista, principalmente  italianos, espanhóis e portugueses.   Agora, os cafezais do interior de São Paulo já contam com o trabalho livre dos imigrantes e os cafeicultores já estão prontos para assumir a campanha da abolição da escravatura. Serão estes mesmos fazendeiros que articularão a instalação da República no ano seguinte à abolição da escravidão.
      O café, além da riqueza para o interior paulista, proporcionou desenvolvimento econômico para Segundo Reinado. A capital do império, Rio de Janeiro, vai ser palco de um surto industrial, provocado pela aprovação da tarifa Alves Branco, que aumentava os impostos dos produtos importados, favorecendo o produto nacional e graças também ao pioneirismo de Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, que com uma visão empreendedora, soube tirar proveito da situação e trouxe para o Brasil as primeiras indústrias: fundição, estaleiros, ferrovias e iluminação da cidade do Rio de Janeiro. Barão de Mauá se tornou o homem mais rico do império, despertando inimigos aos seus projetos. Acabou fracassando e levou seu império econômico à falência. Mas, pagou suas dívidas e ficou marcado na história como pioneiro da indústria no Brasil.
Mauá, o pioneiro da indústria, não teve sucesso nos seus projetos inovadores, mas destino diferente teve os fazendeiros paulistas, que com a riqueza advinda das exportações cafeeiras logo montariam as primeiras fábricas na cidade de São Paulo. Fábricas de baixos investimentos, como alimentícias e de confecções têxteis e que contariam com mão de obra de ex-escravos e imigrantes que não se adaptaram à vida rural nos cafezais paulistas. As ferrovias, recém construídas, irão se encarregar da distribuição das mercadorias fabricadas na cidade de São Paulo. Agora, os fazendeiros paulistas também são empresários, industriais, banqueiros. São capitalistas.
O café mudou a vida do império, incentivou a mudança do sistema de produção com a chegada dos imigrantes, trouxe as ferrovias, estimulou a urbanização, gerou renda para a instalação das primeiras fábricas, criou uma nova elite no país  que terá uma visão capitalista e republicana e, sobretudo garantiu a consolidação do império como Estado Nacional. O café chegou, seu auge passou e as suas consequências ficaram nas transformações ocorridas na história do país.

Segundo Reinado no Brasil. Mauá: o Imperador e o Rei. (Filme).

 Filme - Mauá: o Imperador e o Rei.




TÍTULO DO FILME: MAUÁ, O IMPERADOR E O REI (Brasil. 1999) 
DIREÇÃO: Sérgio Resende 
ELENCO: Paulo Betti, Malu Mader, Othon Bastos, Antonio Pitanga, Rodrigo Penna; 134 min. 

RESUMO
O filme mostra a infância, o enriquecimento e a falência de Irineu Evangelista de Souza (1813-1889), o empreendedor gaúcho mais conhecido como barão de Mauá, considerado o primeiro grande empresário brasileiro, responsável por uma série de iniciativas modernizadoras para economia nacional, ao longo do século XlX. Mauá, um vanguardista em sua época, arrojado em sua luta pela industrialização do Brasil, tanto era recebido com tapete vermelho, como chutado pela porta dos fundos por D. Pedro II.


CONTEXTO HISTÓRICO
 A aprovação da Tarifa Alves Branco, que majorou as taxas alfandegárias, e da Lei Eusébio de Queirós, que em 1850 aboliu o tráfico negreiro, liberando capitais para outras atividades, estimularam ainda mais uma série de atividades urbanas no Brasil. Foram fundadas 62 empresas industriais, 14 bancos, 8 estradas de ferro, 3 caixas econômicas, além de companhias de navegação a vapor, seguros, gás e transporte urbano. Nessa realidade, destaca-se a figura de Irineu Evangelista de Souza, o Barão e Visconde de Mauá, símbolo maior do emergente empresariado brasileiro, que atuou nos mais diversos setores da economia urbana. Suas iniciativas iniciam-se em 1846, com a aquisição de um estabelecimento industrial na Ponta de Areia (Rio de Janeiro), onde foram desenvolvidas várias atividades, como fundição de ferro e bronze e construção naval. No campo dos serviços Mauá foi responsável pela produção de navios a vapor, estradas de ferro comunicações telegráficas e bancos. Essas iniciativas modernizadoras encontravam seu revés na manutenção da estrutura colonial agro-exportadora e escravista e na concorrência com empreendimentos estrangeiros, principalmente britânicos. Essa concorrência feroz, não mediu esforços e em 1857 um incêndio nitidamente provocado destruiu a Ponta de Areia. Suas iniciativas vanguardistas representavam uma ameaça para os setores mais conservadores do governo e para o próprio imperador, que não lhe deu o devido apoio. Sua postura liberal em defesa da abolição da escravatura e sua atitude contrária à Guerra do Paraguai, acabam o isolando ainda mais, resultando na falência ou venda por preços reduzidos de suas empresas.                                      
                                                               Fonte:www.historianet.com.br/conteudo

Segundo Reinado noBrasil. Mauá: o Imperador e o Rei.Vídeos (filme)

 Vídeos - Mauá: Imperador e o Rei. Trailer do filme.



quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Ditadura Militar no Brasil: resumo.


Ditadura Militar:resumo.


Ditadura Militar (1964-1985).

Introdução
O Regime Militar (1964-1965) foi um período em que o Brasil foi governado por presidentes militares. Por meio de um golpe militar (31 de março de 1964), os militares assumiram o poder e governaram o país por 21 anos. Foi um período de ditadura, autoritarismo, com restrição à cidadania e repressão muito violenta a todos que eram contrários ao regime. Na economia, os militares adotaram projetos desenvolvimentistas e abriram ao país ao capital estrangeiro, favorecendo o crescimento econômico. Mas, um crescimento muito contraditório, pois não beneficiou a classe trabalhadora. Com a crise internacional do petróleo em 1973, o crescimento econômico do Brasil começa a enfrentar problemas e os militares decidem promover a abertura do regime (abertura lenta, gradual e segura). Em 1985 termina a Ditadura Militar no Brasil.

Os governos militares
Castello Branco (1964-1967). Primeiro presidente militar. Iniciou os Atos Institucionais (AI’s), decisões que não precisavam da aprovação do Legislativo. Suspendeu direitos políticos dos cidadãos, cassou mandatos parlamentares, dissolveu partidos políticos e instalou o bipartidarismo: Aliança Renovadora Nacional (ARENA) que apoiava o governo militar e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que reunia a oposição aos militares. Na economia, abriu o país ao capital externo, revogou a Lei de Remessa de Lucros ao exterior, proibiu greves e impôs um severo controle aos salários dos trabalhadores. Ainda no seu governo foi elaborada uma nova Constituição (1967).
Costa e Silva (1967-1969). Segundo presidente militar. Enfrentou manifestações de muitos setores da sociedade contrários ao regime dos militares, inclusive de setores que antes apoiaram o golpe, mas que agora já não mais aceitavam o regime. Frente ao endurecimento do regime, muitos grupos decidem pegar em armas e enfrentar o governo através da luta armada (guerrilhas urbanas), com ataques armados, sequestros, assaltos e atos terroristas. Diante desta situação, em 1968 o governo impõe o AI-5, que fecharia o Congresso Nacional e permitiria ao governo aumentar ainda mais a repressão policial.  Devido a problemas de saúde, o presidente licencia-se e assume o governo uma junta militar (Marinha-Aeronáutica-Exécito) que governaria o país até 1969, quando assume o governo Emílio Garrastazu Médici.
Médici (1969-1974). Terceiro presidente militar. Governo conhecido como o mais repressivo da ditadura militar. Para enfrentar os movimentos armados de oposição, aumentou ainda mais o poder dos órgãos de repressão policial-militar, permitindo prisões arbitrárias, torturas, mortes em prisões, confrontos armados em ruas e avenidas, exílios forçados, desaparecimentos de cidadãos, aumento do controle da censura e do controle dos meios de comunicação no uso da imagem positiva do governo associando-o a fatos positivos, como vitórias esportivas internacionais, crescimento econômico do país e construção de grandes obras públicas. Na área econômica, ocorre o “milagre econômico”, período em que a economia do país passa por um grande crescimento econômico graças à abertura ao capital externo e empréstimos vindos do exterior. Crescimento econômico que também traria grandes problemas para o país na década seguinte, pois além de não beneficiar a classe trabalhadora, levou o Brasil a acumular uma divida externa enorme e geraria a chamada “década perdida”. Mas, de toda maneira, o governo de Médici foi marcado por uma grande euforia econômica: Brasil, um gigante adormecido. Brasil: ame ou deixe-o. Brasil: futura nova potência mundial.

Geisel (1974-1979). Quarto presidente militar. A crise do petróleo de 1973 leva ao fim do grande crescimento econômico do governo anterior. A economia mundial entra em recessão, diminui a disponibilidade de créditos do exterior e provoca o fim da euforia do “milagre econômico”. Diante das dificuldades econômicas previstas para um futuro próximo e o crescimento do MDB (partido de oposição), os militares decidem pela redemocratização. Mas, uma redemocratização lenta, gradual e segura. Com as organizações armadas praticamente derrotadas no final do governo anterior (Médici), Geisel diminui a repressão militar e no final do seu mandato (1978) revogou o AI-5, permitindo o início da redemocratização no país.

Figueiredo (1979-1985). Quinto e último presidente militar. Na economia, a crise econômica mundial continua provocando no país recessão e inflação. Na área política, Figueiredo acelerou o processo de redemocratização e em 1979 foi aprovada a Lei da Anistia que permitiu o retorno ao país dos exilados políticos e concedeu liberdade aos criminosos políticos. Ainda em 1979 foi feita a reformulação partidária que determinou o fim do bipartidarismo (ARENA e MDB) e o surgimento de vários partidos políticos (MDB, PDS, PT, PTB e outros). Já no final do seu governo (1983-84), surge o movimento das Diretas-já, que mobilizou o país em defesa de eleições diretas para a escolha do próximo presidente em 1985. Mas, a emenda Dante de Oliveira, que estabelecia eleições diretas para o próximo presidente da república foi rejeitada pelo Congresso Nacional. Assim, em janeiro de 1985 foi escolhido pelo Congresso Nacional o próximo presidente do Brasil: Tancredo Neves (eleições indiretas). Mas, antes de tomar posse, Tancredo adoeceu e morreu de infecção em um hospital de São Paulo. O vice-presidente eleito, José Sarney, tomou posse como o primeiro presidente civil após o período dos governos militares. Assim, termina a Ditadura Militar no Brasil ( 1964-1985).

Ditadura Militar no Brasil. Batismo de Sangue (filme)


Vídeo - Batismo de Sangue (filme)



Ficha técnica:
Título original: (Batismo de Sangue)
Lançamento: 2007 (Brasil, França)
Direção: Helvécio Ratton
Atores:  Caio Blat, Daniel de Oliveira, Cássio Gabus Mendes, Angelo Antonio.
Duração: 110 min


Sinopse

São Paulo, fim dos anos 60. O convento dos frades dominicanos torna-se uma trincheira de resistência à ditadura militar que governa o Brasil. Movidos por ideais cristãos, os freis tito (Caio Blat), Betto (Daniel de Oliveira), Oswaldo (Ângelo Antônio), Fernando (Léo Quintão) e Ivo (Odilon Esteves) passam a apoiar o grupo guerrilheiro Ação Libertadora Nacional, comandado por Carlos Marighella (Marku Ribas). Eles logo passam a ser vigiados pela polícia e posteriormente são presos, passando por terríveis torturas.
                                                                                           Fonte: www.adorocinema.com 
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Contexto histórico: Ditadura Militar – anos de chumbo.

Médici governou o Brasil de 1969 a 1974. Governo marcado por grande violência e censura aos meios de comunicação. Governo usava a justificativa que era preciso reagir contra a intensificação da luta armada de grupos comunistas contra o governo militar.
Apesar do crescimento econômico (“milagre econômico”), das vitórias esportivas internacionais e das construções de grandes obras públicas que os meios de comunicação mostravam com toda ênfase – programação censurada – para o povo brasileiro, o governo agia com violenta repressão à atuação de grupos armados no Brasil. Direitos fundamentais estavam suspensos e prisões, torturas e exílio ocorriam a todo o momento. Entre os principais órgãos repressores do governo estavam: OBAN, SNI, DOI-CODI, CCC e outros.
Os grupos de esquerda alegavam que decidiram pela luta armada, pois era, segundo eles, a única forma de derrotar o regime militar. Entre os principais grupos que decidiram pela luta armada estavam a ANL, PCdoB, MR-8, AP e outros. Atuavam na clandestinidade, fazendo ataques, sequestros, assaltos a banco para financiar os grupos armados e também lutavam na zona rural (guerrilha do Araguaia).
Ernesto Geisel governou o Brasil de 1974 a 1979. Crise econômica internacional atinge o “milagre econômico” no Brasil e a economia brasileira entra em crise. Governo marcado pelo fim do crescimento econômico brasileiro e pela redemocratização do regime. Uma abertura lenta, gradual e segura. No governo de Figueiredo (1979-1985) a ditadura militar chega ao fim. Tancredo Neves, eleito presidente, morre e o vice José Sarney se torna o primeiro presidente civil após o período da ditadura militar.

Ditadura Militar no Brasil - texto.

 Ditadura Militar -texto.



Ditadura Militar: O País Amordaçado


         Em 1961, o Brasil entra numa crise institucional causada pela renúncia do presidente Jânio Quadros. Seu vice, João Goulart, sofre oposição de militares e conservadores. Num período de radicalização política, com greves e manifestações pelas reformas de base (agrária, bancária e fiscal), ocorre o golpe promovido pela cúpula militar.
         A ação tem como pretexto o combate à ameaça comunista, à corrupção e à crise econômica. Com a promessa de durar pouco tempo, o governo militar se estende por 21 anos.
 O período é marcado pela cassação de direitos políticos de opositores e pela violação das liberdades individuais. Institui-se o bipartidarismo, e o Executivo domina os demais poderes. De 1968 a 1979, com o Ato Institucional nº 5, o Al-5, aumenta a repressão policial, o Congresso é fechado, a censura prévia aos meios de comunicação é instalada e a ação do Judiciário é limitada.
     Parte da esquerda migra para a luta armada, organizando atentados, sequestros e assaltos. Sem a necessidade de acusação formal para a prisão de opositores, ampliam-se as torturas e os desaparecimentos.
 A partir do fim dos anos 1970, a sociedade vai recuperando os direitos democráticos. A ditadura acaba em 1985, mas, até hoje, parentes das vítimas e setores da sociedade pedem a abertura dos arquivos secretos do regime.
                                                           Fonte: Almanaque Abril 2011.Editora Abril.


Ditadura Militar no Brasil. (videos)

Vídeos - Ditadura Militar


Regime Militar no Brasil. Período em  que os militares tomaram o poder e  administraram a economia e a política.
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