Ditadura Militar: O País Amordaçado
Em 1961, o Brasil entra numa crise institucional causada pela renúncia do presidente Jânio Quadros. Seu vice, João Goulart, sofre oposição de militares e conservadores. Num período de radicalização política, com greves e manifestações pelas reformas de base (agrária, bancária e fiscal), ocorre o golpe promovido pela cúpula militar.
A ação tem como pretexto o combate à ameaça comunista, à corrupção e à crise econômica. Com a promessa de durar pouco tempo, o governo militar se estende por 21 anos.
O período é marcado pela cassação de direitos políticos de opositores e pela violação das liberdades individuais. Institui-se o bipartidarismo, e o Executivo domina os demais poderes. De 1968 a 1979, com o Ato Institucional nº 5, o Al-5, aumenta a repressão policial, o Congresso é fechado, a censura prévia aos meios de comunicação é instalada e a ação do Judiciário é limitada.
Parte da esquerda migra para a luta armada, organizando atentados, sequestros e assaltos. Sem a necessidade de acusação formal para a prisão de opositores, ampliam-se as torturas e os desaparecimentos.
A partir do fim dos anos 1970, a sociedade vai recuperando os direitos democráticos. A ditadura acaba em 1985, mas, até hoje, parentes das vítimas e setores da sociedade pedem a abertura dos arquivos secretos do regime.
Fonte: Almanaque Abril 2011.Editora Abril.
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