Frase andante

"Feliz é aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina." (Cora Coralina)------------------- "Educai as crianças para que não seja necessário punir os adultos." (Pitágoras)

=========================== Bem-vindo(a) =============================

ATENÇÃO. Este blog é apenas mais uma ferramenta de apoio complementar ao conteúdo do livro didático para auxiliar meus alunos e visitantes. Os vídeos e textos apresentados e indicados estão disponíveis na internet e são citados sempre com as referências e fontes. Que este blog seja mais um instrumento de aprendizagem e reforço de conteúdo para todos os visitantes. Seja bem-vindo(a).

====================================================

terça-feira, 1 de março de 2016

Primeira Guerra Mundial (1914-1918) - resumo

 Leia resumo da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). 





Primeira Guerra Mundial

                A Primeira Guerra Mundial foi um conflito em larga escala marcado pelo acirramento das tensões econômicas, políticas e sociais na Europa durante o final do século XIX e o início do século XX, um choque de imperialismos. Tal fato estava diretamente relacionado à “corrida colonial” provocada neste período pelas potências capitalistas.        O processo de partilha das terras afro-asiáticas ocorreu de forma desigual, favorecendo principalmente a Inglaterra e França, em detrimento de potências em ascensão (caso de Itália e Alemanha, que se constituíram como estados nacionais somente em 1870). O cenário político era de um intenso jogo de forças entre os países possuidores de grandes impérios coloniais e aqueles menos favorecidos neste sentido.
            No plano europeu, formou-se um grande foco de tensão entre a França e a Alemanha, devido à vitória alemã na guerra Franco-Prussiana em 1870. Os resultados dessa guerra foram a unificação alemã, a anexação da Alsácia-Lorena (região rica em jazidas de carvão e ferro) e o pagamento de uma vultosa indenização pela França, implicando não só no desequilíbrio político-econômico do Estado francês, mas também no surgimento de um exacerbado nacionalismo através do revanchismo francês.
Além da França, a Alemanha era concorrente da Inglaterra no setor político e econômico, pois a industrialização alemã vinha num processo acelerado desde a unificação e já no início do século XX ameaçava os ingleses. Assim, foram formando-se alianças secretas entre países com as mesmas finalidades. Eram elas:
Tríplice Aliança: formada por Alemanha, Itália e Império Austro-Húngaro, posteriormente, recebeu a adesão do Império Turco Otomano.
Tríplice Entente: composta por França, Inglaterra e Rússia; havia uma aliança informal entre os russos e a Sérvia; no penúltimo ano de guerra, os Estados Unidos também entraram no conflito
A paz armada havia sido desenvolvida inicialmente pelo chanceler prussiano Otto Von Bismarck. Acreditava ele que os países haviam desenvolvido tamanha força de destruição que fariam o máximo para evitar a guerra. Bismarck estava errado.
Um dos fatores que impediu a paz foi uma disputa imperialista, a Questão Marroquina. Desde 1880, o Marrocos era considerado uma região de portas abertas aos negócios das potências europeias. Entretanto, em 1904, foi realizado um acordo entre Inglaterra e França, pelo qual o Egito seria entregue aos ingleses, enquanto estes apoiariam a presença francesa no Marrocos. A Alemanha, possuidora de poucas colônias, sentiu-se prejudicada, e as tentativas de acordo fracassaram.

O estopim
Frente à complexidade deste quadro, que ainda tinha a disputa pelo domínio da região dos Bálcãs por diversos países, o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austríaco, realizado por um grupo extremista patriota da Sérvia chamado Mão Negra, deve ser entendido como o estopim que deu início ao conflito entre esses dois países, acionando o sistema de alianças que colocou toda a Europa em guerra. Além dos países europeus (e suas colônias), outras nações entraram no conflito. O Brasil, por exemplo, tomou parte ao lado da Entente, mas apenas enviando auxílio médico. Já a Itália, aliada da Tríplice Aliança, fez acordos secretos com os ingleses e franceses e, em troca de colônias, abandonou alemães e austríacos.
            A Primeira Guerra pode ser dividida em três momentos. O primeiro teria sido a Guerra de Movimentos, na qual ocorreu o avanço dos Impérios Centrais, com a Alemanha interrompendo-o praticamente às portas de Paris em 1914. O segundo momento foi a Guerra de Trincheiras, quando, detidos em seu avanço, os Impérios Centrais cavaram trincheiras para garantir suas posições. Ao lado do frio, da fome e do medo, a inexperiência dos soldados misturava-se à nova tecnologia bélica da época, com a introdução da metralhadora, dos carros de combate, das armas químicas e dos aviões. Milhões de jovens europeus morreram entre 1915 e 1918. Nas colônias da Ásia e na África também havia combates sangrentos.
            A parte final foi a Contraofensiva dos Aliados¸ iniciada em 1917. Naquele ano, devido à Revolução Bolchevique, os russos deram início a uma série de negociações para deixar o conflito. Em dezembro, foi assinado o Tratado de Brest-Litovsky, pelo qual a Rússia saía da guerra e entregava a Polônia aos alemães. Nos anos seguintes, sob o governo de Lênin, várias outras partes do antigo império russo ganhariam autonomia. Com a saída da Rússia, os Impérios Centrais puderam concentrar suas forças sobre a frente ocidental, alterando o equilíbrio da guerra a seu favor.
            No início de 1917, os EUA, temerosos de que seus investimentos na Europa naufragassem com a derrota da França e da Inglaterra, declararam guerra à Alemanha. O motivo teria sido o controverso torpedeamento – ainda em 1915 – do transatlântico britânico Lusitânia no Mar do Norte, que havia partido de Nova York com passageiros americanos. O presidente Woodrow Wilson promoveu o alistamento voluntário de um milhão de soldados, que desembarcam na Europa em março de 1917. A Alemanha estava exaurida após quatro anos de guerra e apressou-se em pedir a paz, no que foi apoiada pelos americanos. Porém, diante da negativa dos franceses e ingleses em negociar com o Império, o alto-comando alemão, que fazia oposição à intransigência do kaiser, proclamou a República, que se rendeu incondicionalmente aos Aliados.
           
Tratados de Paz
            Inicialmente, o presidente Wilson propôs o Plano dos 14 pontos, acordo cuja  proposta final era a criação da Liga das Nações, uma associação entre os países que deveria zelar pela paz no mundo. Mas, franceses e ingleses não estavam dispostos a permitir a retomada do crescimento alemão, e Wilson acabou marginalizado nas negociações. O fato de não contar com a presença e a atuação dos Estados Unidos acabou enfraquecendo a entidade.
            Em 1919, foi assinado entre os vencedores e imposto aos perdedores o Tratado de Versalhes, um acordo de paz radical que visava enfraquecer os alemães. Da proposta de Wilson foram aproveitados dois pontos: a criação da Liga das Nações e a devolução da Alsácia-Lorena à França. Os alemães tiveram de pagar uma indenização de 33 bilhões de libras-ouro aos países vencedores, reduzir o exército a 10% do montante do início da guerra (100.000 homens), limitar a indústria bélica e ainda ceder 1/7 de seu território para a criação da Polônia e do corredor polonês, com o porte livre de Dantzig.
            A Liga das Nações não incluía a Alemanha nem a Rússia Socialista.  Em 1919 foi assinado o Tratado de Saint-Germain, que fundava o Império Austríaco, criando a Áustria, a Hungria, a Tcheco-Eslováquia e a Iugoslávia, e também passava para o controle italiano as regiões de Trieste, Sul do Tirol, Trentino e Ístria. Em 1920 foi assinado o Tratado de Sèvres, que extinguia o Império Turco, reduzindo seu território e passando suas possessões na Mesopotâmia (Iraque e Síria) e Palestina para o controle franco-britânico.
            Fonte: Almanaque de História. Vestibular e ENEM. On line Editora





Nenhum comentário: