Com a proclamação da independência, dom Pedro I convoca uma Assembleia Constituinte em 1823, mas as divergências com os deputados leva-no a dissolvê-la. Então ele outorga a primeira Constituição brasileira, em 1824. Ela institui o Poder Moderador, poder pessoal do imperador, que o põe acima dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
As elites de Pernambuco contestam a legitimidade da Constituição imposta pelo imperador, e, com a adesão de Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, formam uma república, a Confederação do Equador (1824-1825). As tropas imperiais atacam. Os rebeldes são derrotados na capital e fogem para o interior, onde muitos acabam aprisionados ou mortos. Em 1825, o frei pernambucano Joaquim Caneca, conhecido como frei Caneca, um dos principais ideólogos da revolta, é executado.
Tropas uruguaias lideradas por Antonio Lavalleja e Fructuoso Rivera e apoiadas pela Argentina cercam Montevidéu em 1825 e declaram a independência do Uruguai. É o início da Guerra da Cisplatina (1825-1828). O território fora anexado pelo Brasil em 1821. Dom Pedro I envia tropas, e elas são derrotadas em 1827, na Batalha de Passo do Rosário. Em 1828, Brasil e Argentina reconhecem a independência do Uruguai.
Com a morte de dom João VI (1826), dom Pedro I é convocado a ser tornar Pedro IV em Portugal. Na impossibilidade de assumir duas coroas, abdica à de Portugal em favor de sua filha Maria da Glória. Mas, seu irmão, dom Miguel, se proclama rei em 1828 e devolve a sobrinha ao Brasil.
Dom Pedro I busca apoio entre os burgueses da burocracia estatal e do comércio, o que desagrada à oposição liberal brasileira. Incidentes graves, como o assassinato do jornalista Líbero Badaró (1830), reforçam seu isolamento.
A queda da popularidade de dom Pedro I fica patente quando é recebido com frieza em Minas Gerais, numa visita para recuperar prestígio político. O imperador tenta reagir a protestos, mas desiste ao perceber que não tem mais sustentação política. A abdicação de dom Pedro I do trono brasileiro ocorre em 7 de abril de 1831. Após a abdicação de dom Pedro I, políticos intitulados regentes governam o Brasil em nome do imperador, já que o herdeiro do trono, seu filho dom Pedro II, tem apenas 5 anos. (Período Regencial: 1831-1840)
Fonte: Almanaque Abril 2011. Editora Abril.
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