Brasil: início da colonização
A = A colonização ultramarina portugueses iniciou-se em meados do século XV, após a conquista de Ceuta (localizada no norte da África) e com a colonização dos arquipélagos dos Açores e da Madeira (Oceano Atlântico). As ilhas produziam trigo e açúcar e também serviam de base para os navegadores portugueses explorarem o litoral africano nas viagens rumo às Índias. Com as navegações e as explorações marítimas, Portugal e a Espanha firmam um acordo dividindo a posse destas novas terras conquistadas (Tratado de Tordesilhas, 1494). Este tratado garantiria aos portugueses o controle das rotas de navegações marítimas do Atlântico Sul. Em duas décadas, os portugueses fundaram feitorias (locais com entrepostos comerciais) na Ásia e na África e iniciariam as explorações destas novas terras.
Animado com os lucros das viagens marítimas, o rei de Portugal, D. Manuel, envia uma outra expedição às Índias, comandada por Pedro Álvares Cabral e com autorização para Cabral tomar posse de terras que encontrasse. Assim, estes navegadores se afastam do litoral africano, velejando cada vez mais em direção ao Ocidente e depois de 43 dias navegando, chegam na região de Porto Seguro, atual Bahia (22/04/1500). No dia 26 de abril de 1500 os padres jesuítas, vindo com Cabral, rezam a primeira missa em território brasileiro.
B = A partir de 1500, o Brasil foi inserido na rota oriental do comércio português, mas até 1530 não houve uma ocupação efetiva do Brasil, já que os portugueses estavam mais interessados no comércio com as Índias Orientais – mais lucrativo. Este período de 30 anos (1500-1530) é chamado de período pré-colonial. Mesmo assim, neste período já há a extração do pau-brasil no litoral brasileiro, primeiro produto de valor comercial explorado por Portugal. Através da prática do escambo, isto é, em troca de ferramentas de metal e outros utensílios e adereços (pentes, facas, espelhos, colares e outras bugigangas), os indígenas abasteciam os navios portugueses com madeira, que era comercializada na Europa.
Mas, neste período, o
litoral brasileiro também começou a ser frequentado por franceses, espanhóis,
ingleses e outros navegadores com o objetivo de contrabandear pau-brasil.
Diante desta situação, Portugal começou a se preocupar com o Brasil e a partir
de 1530 começa a enviar expedições para proteger estas terras e também D. João
III, rei português, decide implantar no Brasil o sistema de capitanias
hereditárias (15 capitanias criadas em 1534).
Com o fracasso das capitanias hereditárias, em
1548 foi criado o governo geral, sediado na cidade de Salvador (Bahia),
primeira capital do Brasil. O governo geral deveria centralizar e coordenar a
colonização do Brasil. Com o objetivo de povoação e proteção de invasores,
vilas são fundadas. Em 1554 os padres jesuítas fundam a cidade de São Paulo e
em 1565, após a expulsão dos invasores franceses, os portugueses fundam a
cidade do Rio de Janeiro (1565). Nas cidades são instaladas as câmaras
municipais que cuidarão da administração destas cidades.
A expansão destas missões atraiu interesses de
colonos paulistas, conhecidos como bandeirantes. Estes bandeirantes paulistas penetraram
no interior da colônia em busca de riquezas minerais, sobretudo o ouro e a
prata, indígenas para escravização ou extermínio de quilombos. Contribuíram, em
grande parte, para a expansão territorial do Brasil além dos limites impostos pelo
Tratado de Tordesilhas, ocupando o Centro Oeste e o Sul do Brasil e descobrindo
ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Mas, também entraram em conflitos
com missões indígenas no interior da colônia e frequentemente acusados de
extermínio e escravização de muitas aldeias indígenas. Podemos destacar os bandeirantes Antônio
Raposo Tavares, Bartolomeu Bueno (Anhanguera), Fernão Dias e Domingos Jorge
Velho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário