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terça-feira, 31 de agosto de 2021

Conquista espanhola na América


Conquista espanhola na América (ficha-resumo).

A América rapidamente tornou-se um bom investimento para os Estados mercantilistas, principalmente a partir de 1545, quando foram descobertas na região de Potosí (na atual Bolívia) as maiores minas de prata do mundo conhecido na época.
Durante o período colonial, a América espanhola permaneceu dividida em quatro vice-reinos (Nova Granada, Nova Espanha, Peru e Rio da Prata) e em quatro capitanias gerais (Cuba, Chile, Guatemala e Venezuela).  Estas regiões eram controladas diretamente pela Coroa espanhola, mas existiam também os cabildos, que eram assembléias semelhantes às atuais Câmaras Municipais que eram controladas pelos espanhóis locais.
Na América espanhola, os chapetones, espanhóis natos, representavam a Coroa espanhola na colônia e os criollos (espanhóis nascidos na colônia) formavam a elite local e dominavam os cabildos. Índios, negros africanos e mestiços formavam a classe trabalhadora.
A Espanha sempre procurou garantir que a exploração econômica de sua parte da América beneficiasse os interesses da Coroa e da burguesia. Com o monopólio comercial, as riquezas eram desviadas da América e acumuladas na Europa, e pelo pacto colonial, as colônias não poderiam estabelecer relações comerciais com nenhuma outra nação, exceto  com a metrópole e sua burguesia comercial.
A agricultura também enriqueceu a Coroa e a burguesia espanholas. No entanto, a atividade econômica preponderante na América espanhola sempre foi a mineração, que marcou a região como a maior fonte de metais preciosos do mundo.
A escravidão negra praticamente restringiu-se às plantações de cana-de-açúcar e tabaco nas ilhas do Caribe; em todas as outras regiões, predominou o trabalho indígena.
O brutal e estafante trabalho compulsório ocorria nas modalidades da encomienda ou da mita. A encomienda era a exploração de um grupo de índios por um colono espanhol em troca da responsabilidade do colono em catequizar os nativos. Pela mita, os grupos de nativos dominados eram obrigados a colocar anualmente à disposição do colono um certo  número de homens para trabalhar para este colono. A encomienda e a mita são formas de trabalhos compulsórios  que predominaram na exploração colonial da  América pela Espanha.

                 Fonte: História: ciências humanas suas Tecnologias. Caderno de revisão - ensino médio. Editora Saraiva

Pau-Brasil e Economia Açucareira - vídeos - I.

Extrativismo do Pau-Brasil e Economia Açucareira (vídeo 1).   http://www.youtube.com/watch?v=zJOyu5DNZgA

Ciclo da cana-de-açúcar (vídeo 2)    http://www.youtube.com/watch?v=YJpZ0DvsRMc

domingo, 1 de agosto de 2021

=========== OS BANDEIRANTES - resumo ===========

    Em 1600, enquanto a capitania de Pernambuco progredia embalada pela produção de açúcar, a capitania de São Vicente vinha perdendo força. Então, por falta de trabalho, parte da população vicentina subiu a Serra do Mar e, aos poucos, formou um povoado, São Paulo do Campo de Piratininga.

O povoado que mais tarde veio a ser vila e depois a cidade de São Paulo teve um crescimento lento. Em 1660, São Paulo era um povoado pobre; tinha apenas 150 casas, habitadas por cerca de 1.500 pessoas que plantavam milho e mandioca e criavam porcos e galinhas para sobreviver.

Os paulistas eram homens rudes e acreditavam que a única solução para a pobreza estava no sertão. Por isso, decidiram organizar bandeiras, ou seja, expedições particulares que partiam geralmente de São Paulo com o objetivo de capturar indígenas e achar ouro e pedras preciosas.

Uma grande bandeira era formada por um ou dois bandeirantes experientes, alguns jovens de origem portuguesa, vários mestiços e centenas de indígenas escravizados, usados como guias, carregadores, guerreiros e cozinheiros.

Desde o inicio, os paulistas prenderam e escravizaram índios. A partir de 1620, porém, com o crescimento das plantações de trigo em São Paulo, aumentou muito a procura por trabalhadores. Então, os paulistas organizaram grandes bandeiras de caça ao índio. Para conseguir aprisionar muitos indígenas de uma só vez, atacavam as missões jesuíticas.

As principais bandeiras de caça ao índio, chefiadas por Antônio Raposo Tavares, destruíram em apenas dez anos (1628-1638) as missões de Guairá (Paraná), Itatim (Mato Grosso do Sul) e Tape (Rio Grande do Sul).

Desde cedo, os bandeirantes encontraram pequenas quantidades de ouro no leito dos rios. No século XVII, uma crise econômica levou o rei de Portugal a escrever aos bandeirantes para que procurassem ouro e pedras preciosas no sertão. Em 1674, Fernão Dias Pais partiu de São Paulo em direção ao sertão e pensou ter encontrado esmeraldas, mas eram turmalinas, pedras verdes sem nenhum valor.

A trilha aberta por Fernão Dias, no entanto, serviu para outras bandeiras, que, seguindo o mesmo caminho, descobriram ouro. Entre elas, cabe destacar as bandeiras de: Antônio Rodrigues Arzão, Sabará (Minas), por volta de 1693; Pascoal Moreira Cabral, Cuiabá (Mato Grosso) em 1719; Bartolomeu Bueno da Silva, Vila Boa (Goiás), por volta de 1725.

Nos séculos XVII E XVIII, os bandeirantes foram contratados por fazendeiros e autoridades para combater índios ou negros rebelados contra a escravidão. Esse tipo de “negócio” entre bandeirantes e poderosos era chamado de sertanismo de contrato.

História: Sociedade e Cidadania -7º ano. Alfredo Boulos. Editora FTD.


Entradas e bandeiras - Os bandeirantes - resumo - 7ºano

No desenvolvimento do processo de colonização do Brasil, a organização de expedições pelo interior teve objetivos diversos. A busca por metais e pedras preciosas, o apresamento de indígenas, a captura de escravos africanos fugitivos e o encontro das drogas do sertão são apenas alguns dos aspectos que permeiam a motivação desses deslocamentos. Em suma, as expedições pelo interior do território estiveram divididas entre a realização das entradas e bandeiras.

As entradas envolviam a organização do governo português na realização de expedições que buscavam a apresamento de índios e a prospecção de minérios. Chegando ao século XVII, momento em que o açúcar vivia uma acentuada crise e o governo português se recuperava do domínio espanhol, as autoridades coloniais incentivavam tais ações exploratórias na esperança de descobrirem alguma outra atividade econômica capaz de ampliar os lucros da Coroa.

Além da ação oficial, a exploração do território colonial aconteceu pelas mãos de particulares interessados em obter riquezas, buscar metais preciosos e capturar escravos. Conhecidos como bandeirantes, essas figuras do Brasil Colonial irrompiam pelos sertões ultrapassando os limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas e saíam, geralmente, das regiões de São Paulo e São Vicente. De fato, ao longo do tempo, vemos que o bandeirantismo se dividiu em diferentes modalidades.

No chamado bandeirantismo apresador, os participantes da expedição tinham como grande alvo o aprisionamento e a venda de índios como escravos. Esse tipo de atividade gerava bons lucros e atraia a atenção dos bandeirantes às proximidades das reduções jesuíticas. Afinal de contas, essas comunidades religiosas abrigavam um grande número de nativos a serem convertidos à condição de escravos. Como resultado dessa ação, a Igreja entrou em conflito com os praticantes desse tipo de bandeirantismo.

No bandeirantismo prospector, observamos a realização de expedições interessadas na busca por metais e pedras preciosas pelo interior. Por não ter garantias sobre o descobrimento de regiões auríferas, o bandeirantismo prospector era realizado paralelamente à captura de nativos, extração de drogas do sertão ou realização de qualquer outra espécie de atividade. Nos fins do século XVII, a prospecção bandeirantista instaurou a exploração de ouro na região de Minas Gerais.

Por fim, ainda devemos falar sobre o bandeirantismo de contrato. Esse tipo de ação expedicionária era contratado por representantes da Coroa ou senhores de engenho interessados em combater as populações indígenas mais violentas ou realizar a recaptura dos escravos africanos que fugiam. Além disso, o bandeirantismo de contrato foi empregado na organização de forças que combatiam a organização dos quilombos pelo interior do território.

Por Rainer Sousa Graduado em História

Brasil: início da colonização - resumo - 7º ano

                                                   Brasil: início da colonização

           A =    A colonização ultramarina portugueses iniciou-se em meados do século XV, após a conquista de Ceuta (localizada no norte da África) e com a colonização dos arquipélagos dos Açores e da Madeira (Oceano Atlântico). As ilhas produziam trigo e açúcar e também serviam de base para os navegadores portugueses explorarem o litoral africano nas viagens rumo às Índias. Com as navegações e as explorações marítimas, Portugal e a Espanha firmam um acordo dividindo a posse destas novas terras conquistadas (Tratado de Tordesilhas, 1494). Este tratado garantiria aos portugueses o controle das rotas de navegações marítimas do Atlântico Sul. Em duas décadas, os portugueses fundaram feitorias (locais com entrepostos comerciais) na Ásia e na África e iniciariam as explorações destas novas terras.

 Animado com os lucros das viagens marítimas, o rei de Portugal, D. Manuel, envia uma outra expedição às Índias, comandada por Pedro Álvares Cabral e com autorização para Cabral tomar posse de terras que encontrasse.  Assim, estes navegadores se afastam do litoral africano, velejando cada vez mais em direção ao Ocidente e depois de 43 dias navegando, chegam na região de Porto Seguro, atual Bahia (22/04/1500). No dia 26 de abril de 1500 os padres jesuítas, vindo com Cabral, rezam a primeira missa em território brasileiro.

B =   A partir de 1500, o Brasil foi inserido na rota oriental do comércio português, mas até 1530 não houve uma ocupação efetiva do Brasil, já que os portugueses estavam mais interessados no comércio com as Índias Orientais – mais lucrativo. Este período de 30 anos (1500-1530) é chamado de período pré-colonial. Mesmo assim, neste período já há a extração do pau-brasil no litoral brasileiro, primeiro produto de valor comercial explorado por Portugal. Através da prática do escambo, isto é, em troca de ferramentas de metal e outros utensílios e adereços (pentes, facas, espelhos, colares e outras bugigangas), os indígenas abasteciam os navios portugueses com madeira, que era comercializada na Europa.

Mas, neste período, o litoral brasileiro também começou a ser frequentado por franceses, espanhóis, ingleses e outros navegadores com o objetivo de contrabandear pau-brasil. Diante desta situação, Portugal começou a se preocupar com o Brasil e a partir de 1530 começa a enviar expedições para proteger estas terras e também D. João III, rei português, decide implantar no Brasil o sistema de capitanias hereditárias (15 capitanias criadas em 1534).

 C =   A primeira expedição colonizadora chegou ao Brasil em 1530, chefiada por Martim Afonso de Sousa que percorreu o litoral brasileiro, fundou a vila de São Vicente em 1532 (primeira cidade fundada no Brasil) e instalou nela o primeiro engenho de produção de açúcar.  Através das capitanias hereditárias, o rei português concedia um lote de terras a um nobre português, que tinha a tarefa de defendê-la, povoá-la e explorá-la economicamente. Devido à falta de investimento, aos ataques indígenas contra as capitanias, a imensidão do tamanho destes lotes de terras e a falta de comunicação entre elas, as capitanias fracassaram e apenas as capitanias de São Vicente e Pernambuco prosperaram (produziam açúcar).

 Com o fracasso das capitanias hereditárias, em 1548 foi criado o governo geral, sediado na cidade de Salvador (Bahia), primeira capital do Brasil. O governo geral deveria centralizar e coordenar a colonização do Brasil. Com o objetivo de povoação e proteção de invasores, vilas são fundadas. Em 1554 os padres jesuítas fundam a cidade de São Paulo e em 1565, após a expulsão dos invasores franceses, os portugueses fundam a cidade do Rio de Janeiro (1565). Nas cidades são instaladas as câmaras municipais que cuidarão da administração destas cidades.

 D =   A ordem religiosa católica Companhia de Jesus (padres jesuítas) foi fundada em 1534, na Europa, no contexto das Reformas Religiosas. Com o objetivo de expandir a doutrina católica (evangelização) e com o apoio dos reis de Portugal (católicos), os jesuítas, vindos da Europa com os portugueses, tiveram papel fundamental na colonização portuguesa do Brasil.  Com suas missões evangelizadoras, fundaram cidades, construíram colégios e igrejas com finalidades pedagógicas (alfabetização) e religiosas (catequese/doutrina católica).

 A expansão destas missões atraiu interesses de colonos paulistas, conhecidos como bandeirantes. Estes bandeirantes paulistas penetraram no interior da colônia em busca de riquezas minerais, sobretudo o ouro e a prata, indígenas para escravização ou extermínio de quilombos. Contribuíram, em grande parte, para a expansão territorial do Brasil além dos limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas, ocupando o Centro Oeste e o Sul do Brasil e descobrindo ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Mas, também entraram em conflitos com missões indígenas no interior da colônia e frequentemente acusados de extermínio e escravização de muitas aldeias indígenas.  Podemos destacar os bandeirantes Antônio Raposo Tavares, Bartolomeu Bueno (Anhanguera), Fernão Dias e Domingos Jorge Velho.