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terça-feira, 31 de agosto de 2021
Conquista espanhola na América
Pau-Brasil e Economia Açucareira - vídeos - I.
domingo, 1 de agosto de 2021
=========== OS BANDEIRANTES - resumo ===========
Em 1600, enquanto a capitania de Pernambuco progredia embalada pela produção de açúcar, a capitania de São Vicente vinha perdendo força. Então, por falta de trabalho, parte da população vicentina subiu a Serra do Mar e, aos poucos, formou um povoado, São Paulo do Campo de Piratininga.
O povoado que mais tarde veio a ser
vila e depois a cidade de São Paulo teve um crescimento lento. Em 1660, São
Paulo era um povoado pobre; tinha apenas 150 casas, habitadas por cerca de
1.500 pessoas que plantavam milho e mandioca e criavam porcos e galinhas para
sobreviver.
Os paulistas eram homens rudes e acreditavam
que a única solução para a pobreza estava no sertão. Por isso, decidiram
organizar bandeiras, ou seja, expedições particulares que partiam geralmente de
São Paulo com o objetivo de capturar indígenas e achar ouro e pedras preciosas.
Uma grande bandeira era formada por
um ou dois bandeirantes experientes, alguns jovens de origem portuguesa, vários
mestiços e centenas de indígenas escravizados, usados como guias, carregadores,
guerreiros e cozinheiros.
Desde o inicio, os paulistas
prenderam e escravizaram índios. A partir de 1620, porém, com o crescimento das
plantações de trigo em São Paulo, aumentou muito a procura por trabalhadores.
Então, os paulistas organizaram grandes bandeiras de caça ao índio. Para
conseguir aprisionar muitos indígenas de uma só vez, atacavam as missões
jesuíticas.
As principais bandeiras de caça ao
índio, chefiadas por Antônio Raposo Tavares, destruíram em apenas dez anos
(1628-1638) as missões de Guairá (Paraná), Itatim (Mato Grosso do Sul) e Tape
(Rio Grande do Sul).
Desde cedo, os bandeirantes
encontraram pequenas quantidades de ouro no leito dos rios. No século XVII, uma
crise econômica levou o rei de Portugal a escrever aos bandeirantes para que
procurassem ouro e pedras preciosas no sertão. Em 1674, Fernão Dias Pais partiu
de São Paulo em direção ao sertão e pensou ter encontrado esmeraldas, mas eram
turmalinas, pedras verdes sem nenhum valor.
A trilha aberta por Fernão Dias, no
entanto, serviu para outras bandeiras, que, seguindo o mesmo caminho,
descobriram ouro. Entre elas, cabe destacar as bandeiras de: Antônio Rodrigues
Arzão, Sabará (Minas), por volta de 1693; Pascoal Moreira Cabral, Cuiabá (Mato
Grosso) em 1719; Bartolomeu Bueno da Silva, Vila Boa (Goiás), por volta de
1725.
Nos séculos XVII E XVIII, os
bandeirantes foram contratados por fazendeiros e autoridades para combater
índios ou negros rebelados contra a escravidão. Esse tipo de “negócio” entre
bandeirantes e poderosos era chamado de sertanismo de contrato.
História: Sociedade e Cidadania -7º
ano. Alfredo Boulos. Editora FTD.
Entradas e bandeiras - Os bandeirantes - resumo - 7ºano
No desenvolvimento do processo de colonização do Brasil, a organização de expedições pelo interior teve objetivos diversos. A busca por metais e pedras preciosas, o apresamento de indígenas, a captura de escravos africanos fugitivos e o encontro das drogas do sertão são apenas alguns dos aspectos que permeiam a motivação desses deslocamentos. Em suma, as expedições pelo interior do território estiveram divididas entre a realização das entradas e bandeiras.
As entradas envolviam a organização do governo português na realização de expedições que buscavam a apresamento de índios e a prospecção de minérios. Chegando ao século XVII, momento em que o açúcar vivia uma acentuada crise e o governo português se recuperava do domínio espanhol, as autoridades coloniais incentivavam tais ações exploratórias na esperança de descobrirem alguma outra atividade econômica capaz de ampliar os lucros da Coroa.
Além da ação oficial, a exploração do território colonial aconteceu pelas mãos de particulares interessados em obter riquezas, buscar metais preciosos e capturar escravos. Conhecidos como bandeirantes, essas figuras do Brasil Colonial irrompiam pelos sertões ultrapassando os limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas e saíam, geralmente, das regiões de São Paulo e São Vicente. De fato, ao longo do tempo, vemos que o bandeirantismo se dividiu em diferentes modalidades.
No chamado bandeirantismo apresador, os participantes da expedição tinham como grande alvo o aprisionamento e a venda de índios como escravos. Esse tipo de atividade gerava bons lucros e atraia a atenção dos bandeirantes às proximidades das reduções jesuíticas. Afinal de contas, essas comunidades religiosas abrigavam um grande número de nativos a serem convertidos à condição de escravos. Como resultado dessa ação, a Igreja entrou em conflito com os praticantes desse tipo de bandeirantismo.
No bandeirantismo prospector, observamos a realização de expedições interessadas na busca por metais e pedras preciosas pelo interior. Por não ter garantias sobre o descobrimento de regiões auríferas, o bandeirantismo prospector era realizado paralelamente à captura de nativos, extração de drogas do sertão ou realização de qualquer outra espécie de atividade. Nos fins do século XVII, a prospecção bandeirantista instaurou a exploração de ouro na região de Minas Gerais.
Por fim, ainda devemos falar sobre o bandeirantismo de contrato. Esse tipo de ação expedicionária era contratado por representantes da Coroa ou senhores de engenho interessados em combater as populações indígenas mais violentas ou realizar a recaptura dos escravos africanos que fugiam. Além disso, o bandeirantismo de contrato foi empregado na organização de forças que combatiam a organização dos quilombos pelo interior do território.
Por Rainer Sousa Graduado em História
Brasil: início da colonização - resumo - 7º ano
Brasil: início da colonização
A = A colonização ultramarina portugueses iniciou-se em meados do século XV, após a conquista de Ceuta (localizada no norte da África) e com a colonização dos arquipélagos dos Açores e da Madeira (Oceano Atlântico). As ilhas produziam trigo e açúcar e também serviam de base para os navegadores portugueses explorarem o litoral africano nas viagens rumo às Índias. Com as navegações e as explorações marítimas, Portugal e a Espanha firmam um acordo dividindo a posse destas novas terras conquistadas (Tratado de Tordesilhas, 1494). Este tratado garantiria aos portugueses o controle das rotas de navegações marítimas do Atlântico Sul. Em duas décadas, os portugueses fundaram feitorias (locais com entrepostos comerciais) na Ásia e na África e iniciariam as explorações destas novas terras.
Animado com os lucros das viagens marítimas, o rei de Portugal, D. Manuel, envia uma outra expedição às Índias, comandada por Pedro Álvares Cabral e com autorização para Cabral tomar posse de terras que encontrasse. Assim, estes navegadores se afastam do litoral africano, velejando cada vez mais em direção ao Ocidente e depois de 43 dias navegando, chegam na região de Porto Seguro, atual Bahia (22/04/1500). No dia 26 de abril de 1500 os padres jesuítas, vindo com Cabral, rezam a primeira missa em território brasileiro.
B = A partir de 1500, o Brasil foi inserido na rota oriental do comércio português, mas até 1530 não houve uma ocupação efetiva do Brasil, já que os portugueses estavam mais interessados no comércio com as Índias Orientais – mais lucrativo. Este período de 30 anos (1500-1530) é chamado de período pré-colonial. Mesmo assim, neste período já há a extração do pau-brasil no litoral brasileiro, primeiro produto de valor comercial explorado por Portugal. Através da prática do escambo, isto é, em troca de ferramentas de metal e outros utensílios e adereços (pentes, facas, espelhos, colares e outras bugigangas), os indígenas abasteciam os navios portugueses com madeira, que era comercializada na Europa.
Mas, neste período, o
litoral brasileiro também começou a ser frequentado por franceses, espanhóis,
ingleses e outros navegadores com o objetivo de contrabandear pau-brasil.
Diante desta situação, Portugal começou a se preocupar com o Brasil e a partir
de 1530 começa a enviar expedições para proteger estas terras e também D. João
III, rei português, decide implantar no Brasil o sistema de capitanias
hereditárias (15 capitanias criadas em 1534).
Com o fracasso das capitanias hereditárias, em
1548 foi criado o governo geral, sediado na cidade de Salvador (Bahia),
primeira capital do Brasil. O governo geral deveria centralizar e coordenar a
colonização do Brasil. Com o objetivo de povoação e proteção de invasores,
vilas são fundadas. Em 1554 os padres jesuítas fundam a cidade de São Paulo e
em 1565, após a expulsão dos invasores franceses, os portugueses fundam a
cidade do Rio de Janeiro (1565). Nas cidades são instaladas as câmaras
municipais que cuidarão da administração destas cidades.
A expansão destas missões atraiu interesses de
colonos paulistas, conhecidos como bandeirantes. Estes bandeirantes paulistas penetraram
no interior da colônia em busca de riquezas minerais, sobretudo o ouro e a
prata, indígenas para escravização ou extermínio de quilombos. Contribuíram, em
grande parte, para a expansão territorial do Brasil além dos limites impostos pelo
Tratado de Tordesilhas, ocupando o Centro Oeste e o Sul do Brasil e descobrindo
ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Mas, também entraram em conflitos
com missões indígenas no interior da colônia e frequentemente acusados de
extermínio e escravização de muitas aldeias indígenas. Podemos destacar os bandeirantes Antônio
Raposo Tavares, Bartolomeu Bueno (Anhanguera), Fernão Dias e Domingos Jorge
Velho.