ROMA:
O IMPÉRIO ROMANO
DOMINA A ANTIGUIDADE
O Império Romano é o mais vasto da
Antiguidade. Tem início com a lendária fundação de Roma, em 753 a.C., por
Rômulo e Remo – gêmeos que, segundo a lenda, teriam sido abandonados bebês no
rio Tibre, onde sobrevivem graças a uma loba que os amamenta. Historicamente, a
formação e o povoamento de Roma se dão com o encontro de três povos da península Itálica: os etruscos, os gregos e os italiotas
MONARQUIA. Nesse período, a
sociedade é dividida em patrícios (nobreza territorial e militar) e plebeus
(artesãos e comerciantes) e o governo é exercido por um rei vitalício e pelo
Senado, que congrega patrícios. A centralização do poder pelos reis leva os
patrícios a derrubar a monarquia, em 509 a.C., e a implantar a República.
REPÚBLICA. Aristocrática, tem o
Senado como órgão supremo. Os senadores, vitalícios, supervisionam as finanças
públicas, dirigem a política externa e administram as províncias. As funções executivas
são distribuídas entre os membros da Magistratura, como os cônsules e os
tribunos da plebe. Os tribunos surgem da luta dos plebeus por direitos
políticos. Entre suas conquistas se destaca a Lei das Doze Tábuas, em meados do
século V a.C., quando a legislação, então transmitida por via oral e manipulada
pelos patrícios, passa a ser escrita e pública.
EXPANSIONISMO. A partir de 510 a.C.,
Roma dedica-se à conquista de toda a península Itálica. Em 264 a.C., o
interesse pela Sicília põe os romanos em conflito com Cartago, dando início às
Guerras Púnicas, das quais saem vencedores. Os séculos seguintes são de
contínua expansão territorial. Os romanos conquistam a Macedônia e a Grécia, a
Ásia Menos, o Egito, a Cirenaica (atual Líbia), a península Ibérica, a Gália
(França), a Ilíria (Albânia), a Trácia, a Síria e a Palestina. As conquistas
provocam mudanças. Roman deixa de ser agrária e torna-se mercantil, urbana e
luxuosa. O Exército ganha poder e o escravismo se generaliza.
CRISE NA REPÚBLICA. A população de Roma
cresce, e aumenta a tensão social. O governo adota a política do “pão e circo”,
distribuindo trigo e promovendo espetáculos gratuitos, o que continua até o
Império. A partir do século II a.C., as reformas defendidas pelos irmãos
tribunos Tibério e Caio Graco, em benefício da plebe, e as lutas entre os patrícios
e plebeus enfraquecem o Senado. O general Júlio César forma uma aliança
política com o banqueiro Crasso e o general Pompeu – o I Triunvirato – e, em 46
a.C., põe fim à República e torna-se ditador. É assassinado dois anos depois.
Forma-se, então, o II Triunvirato. As disputas internas dividem os domínios
entre seus três integrantes em 40 a.C.: Marco Antonio fica com o Oriente;
Emílio Lépido, com a África; e Otávio, com o Ocidente. Graças a manobras no
Senado, Otávio conquista plenos poderes. Em 27 a.C., recebe o título de Augusto
(filho divino), iniciando o império.
IMPÉRIO. Otávio Augusto
fortalece seu poder com um exercito de 300 mil homens. Depois de sua morte, os
outros governantes desta dinastia são Tibério (14-37), Calígula (37-41),
Cláudio (41-54) e Nero (54068). Seguem-se a dinastia dos Flávio (69-96) e dos
Antonino (96-192), na qual o Império vive o Século de Ouro (século I e II).
Roma atinge sua maior extensão territorial com Trajano, entre 98 e 117. Além de
pacificar o Império, Adriano (117-138) faz uma reestruturação política e
militar e codifica o direito romano. No reinado de Marco Aurélio (161-180), há
grande progresso cultural.
DECADÊNCIA. Na dinastia seguinte,
dos Severo (193-235), a fragilidade da economia, a desigualdade social, a corrupção
e a politização do Exercito começam a abalar o Império. Com o fim da expansão
territorial, o número de escravos diminui, afetando a agricultura e o comércio.
O governo emite moeda, desencadeando a inflação. A redução do Exército facilita
a penetração dos bárbaros. A crise é acentuada com a popularização do
cristianismo. Por negar a escravidão e o caráter divino do imperador e por
criticar os hábitos romanos, ele
inicialmente é combatido, mas torna-se a religião oficial do Império em 380. Em
395, o imperador Teodósio divide o território em Império Romano do Ocidente e
do Oriente. O Ocidente subsiste por 80
anos, acabando em 476, quando Roma é tomada pelos bárbaros. O do Oriente (Bizantino) estende-se até 1453,
quando é dominado pelos turco-otomanos.
Entre os legados da civilização
romana estão o latim – origem das línguas latinas – e o direito romano, base do
sistema jurídico ocidental. Mistura arcos etruscos e colunas gregas em obras
que exaltam a nação, como o Coliseu e o Panteão de Roma. (Fonte: Almanaque Abril 2011. Editora Abril)
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