Expansão
Marítima: as grandes navegações europeias
As grandes navegações da Europa provocaram uma expansão comercial e marítima para um mundo, até então, desconhecido. Esta expansão foi provocada pelos efeitos da crise da Europa do século XIV, pelo desejo da burguesia de aumentar suas riquezas, pelo interesse do rei de aumentar seu poder e pelo desenvolvimento da tecnologia (bússola, astrolábio, pólvora).
A expansão comercial e marítima foi liderada pelos países
ibéricos (Portugal e Espanha). Os reis destes países se uniram à burguesia com
objetivo de encontrar um novo caminho rumo às Índias, já que o comércio pelo
Mar Mediterrâneo estava controlado pelos italianos e ainda em dificuldades
devido aos turcos otomanos controlarem a região de Constantinopla.
Os países europeus buscavam nas Índias produtos valiosos para
comercializarem na Europa. Os mercadores conseguiam um grande lucro no comércio
das especiarias (cravo, canela, pimenta)
Com a descoberta do Novo Mundo, Portugal começou a explorar a
costa africana até as Índias. No Brasil, Portugal encontrou produtos tropicais
valiosos e logo se tornou uma potência mundial.
1. Portugal e as
navegações.
A conquista de Ceuta (Marrocos) na África pelos portugueses
marca o início das grandes navegações portuguesas. Contornando a África, pelo
Oceano Atlântico, Vasco da Gama chegou à região das Índias no ano de 1498.
Pedro Álvares Cabral, antes do seu destino final nas Índias, chegou ao Brasil
em 1500. Estas viagens através do Oceano Atlântico traziam para Portugal
riquezas e especiarias.
Portugal conquistou imensos territórios na África, Ásia e
Brasil. O Império Português se tornou muito poderoso nesta época. Inicia-se o
sistema de exploração colonial. É nas colônias que Portugal vai buscar suas
riquezas.
Portugal foi a primeira nação a lançar-se no Oceano Atlântico
em busca de um novo caminho para as Índias. As razões deste pioneirismo são:
centralização do poder político; posição geográfica favorável frente ao Oceano
Atlântico; estabilidade interna, sem guerras e a Escola de Sagres, fundada pelo
Infante D. Henrique, que reunia estudiosos com objetivo de estudar mapas,
aperfeiçoar instrumentos e desvendar o temido Oceano Atlântico.
2. A Espanha e as navegações.
A Espanha se lançou nas grandes navegações 80 anos depois de
Portugal, pois estava em guerras internas. A Espanha acreditou e financiou a
viagem de Cristovão Colombo, um italiano que acreditava que era possível chegar
às Índias navegando sempre pelo Ocidente, pois a terra seria redonda.
Com a nau Santa Maria e as caravelas Pinta e Nina, Colombo chegou
em São Salvador em 12 de outubro de 1492, chamando os povos encontrados na América
de “índios”. Em 1519, Fernão de Magalhães iniciou a primeira viagem de circunavegação
(volta na terra), mas morreu antes de terminá-la e Sebastião El Cano chegou às
Índias em 1522, confirmando assim que a terra era redonda.
Portugal
ameaçou várias vezes tomar as novas terras espanholas e em 1494 foi firmado o Tratado de Tordesilhas que
dividiam as novas terras descobertas entre Portugal e Espanha.
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