Neocolonialismo - ficha: resumo
O neocolonialismo foi uma
prática no final do século XIX e início do século XX que levou os países
europeus a ocuparem a África e a Ásia, transformando esses territórios em suas
colônias. A ocupação da África e as disputas por terras levaram estes países
europeus a realizarem a chamada Conferência de Berlim (1884-1885).
A Conferência de Berlim organizou a ocupação europeia na África e praticamente
consolidou o domínio europeu sobre o continente africano.
No século XIX ocorreu na Europa uma
intensa industrialização que gerou uma grande demanda de
matérias-primas para suas fábricas e também uma grande necessidade por novos
mercados consumidores que conseguissem absorver as mercadorias produzidas pelos
europeus. Esta época ficou conhecida com Segunda Revolução Industrial. Com isso, os europeus foram atrás de matéria
prima em maior quantidade e com preço inferior, encontrando essa combinação nas
regiões da África e da Ásia.
A ocupação do continente africano pelas potências
europeias foi justificada como uma missão civilizatória. As nações
europeias argumentavam que levariam as benfeitorias da civilização ocidental: a
modernidade tecnológica, o cristianismo e os conceitos de civilização que
dariam fim à escravidão ainda existente em algumas partes da África.
Argumentavam ainda que tinham a missão de levar a “civilização” aos
“selvagens”. Estas justificativas para uma exploração neocolonialista ficaram
conhecidas como “Teoria do Fardo do Homem Branco” (missão civilizatória). Esse discurso, no entanto, era apenas um
pretexto utilizado pelos países europeus para mascarar o real objetivo de impor
um processo exploratório intenso sobre a África. A ocupação desse continente
era também justificada a partir de teorias racistas muito comuns no século XIX.
A chegada dos europeus ao continente
africano, no entanto, foi alvo de forte resistência em diferentes partes da
África. Esses movimentos de resistência procuraram afastar a influência e/ou
presença dos europeus. Porém, o poderio militar dos europeus levou esses
movimentos de resistência à derrota.
As disputas entre as grandes potências mundiais pelos
territórios e riquezas da África e da Ásia resultaram no
primeiro confronto de proporções mundiais: a Primeira Guerra Mundial
(1914-1918). Com o término deste
conflito, as nações europeias estavam praticamente destruídas e enfraquecidas,
e por conta disto, movimentos que pretendiam livrar a África e a Ásia dos
domínios neocoloniais começaram a surgir ainda que timidamente. Apesar do forte
desejo de se livrar da prática neocolonialista, os movimentos não eram bem
organizados e tampouco obedeciam a uma proposta ideológica bem estruturada.
Isso só viria acontecer de fato após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Terminado o conflito com a vitória para os
aliados, a liberdade sagrou-se vencedora e o desfecho da guerra mudaria de vez
o panorama africano e asiático. A
criação da Organização das Nações Unidas – ONU foi importante no combate à
opressão realizada nos continentes afetados pela prática neocolonialista. A Carta da ONU em 1945 e posteriormente a
Declaração dos Direitos Humanos em 1948, serviriam como base para que grupos a
favor da independência se organizassem e lutassem por sua emancipação.
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