Revoltas no início da República. Leia e aproveite para estudar.
9°ano – ficha resumo. Movimentos sociais na cidade e no campo
Revolta da Chibata. A revolta da chibata, ou Revolta dos Marinheiros, ocorre em unidades da Marinha no Rio de Janeiro. Os rebeldes querem o fim do castigo corporal, pena aplicada por oficiais aos marujos. Querem também o cumprimento da lei de aumento de seus vencimentos, a redução da jornada de trabalho e a concessão de anistia. A revolta explode quando Marcelino de Menezes é condenado à chibata, pois estava alcoolizado. Liderados por João Cândido, chamado por seus companheiros de “Almirante Negro”, assumem o controle de embarcações da Marinha de Guerra, ancoradas na baía da Guanabara e ameaçam bombardear a capital do Brasil. O presidente Hermes da Fonseca promete, inicialmente, atender às reivindicações, mas acaba recusando a anistia aos rebelados, prendendo e deportando muitos para diversas regiões do país.
Revolta da Vacina. A falta de saneamento básico no Rio de Janeiro deixa os habitantes vulneráveis a epidemias de febre amarela, varíola e outras doenças. Uma reforma sanitária é conduzida pelo prefeito Pereira Passos e por Osvaldo Cruz, diretor do Departamento Nacional de Saúde Pública. A tensão explode quando, em 1904, o governo torna obrigatória a vacinação contra varíola. As brigadas de vacinação tinham reforço policial em caso de resistência. Repartições públicas são depredadas, lojas saqueadas e bondes incendiados. Barricadas são levantadas nas ruas. Políticos da oposição aproveitaram-se da truculência dos “vacinadores” para sublevar a população contra o governo. O governo acaba com a obrigatoriedade da vacina. A rebelião foi reprimida pelo exército e pela polícia, que conseguiram recuperar o controle da situação, debelando os revoltosos em outubro de 1904.
Guerra do Contestado. Conflito ocorrido entre 1912 e 1916 em área disputada por Paraná e Santa Catarina. Grande número de famílias pobres procura terra e trabalho na região. Região agitada pela construção de uma ferrovia que ligaria São Paulo ao Rio Grande do Sul. Em 1900, a Lumber Company, já era proprietária de uma grande faixa de terra desapropriada pelo governo ao longo da ferrovia. Desempregados, gente expulsa da terra à beira da ferrovia e gente à procura de terra reúnem-se em torno do beato José Maria, um místico que mesclava uma vida de cura e discurso político, formando uma comunidade de base mística e comunitária. Eles se deslocam pelo interior do Paraná e Santa Catarina, em combates constantes contra as forças do governo. Os combates prosseguem mesmo após a morte de José Maria e em 1915 a comunidade anuncia uma guerra santa contra os coronéis, companhias de terras e governo. O exército reage violentamente. Três mil pessoas morrem e termina a revolta.
Guerra de Canudos. A região nordestina passava por sucessivas crises econômicas, o que deixava a população na miséria. Após anos de pregação com discursos políticos e messiânicos, por volta de 1893, Antonio Conselheiro funda o povoado de Belo Monte na região de Canudos, sertão do Bahia. Em Canudos organiza o sistema de produção baseado no trabalho coletivo, continua sua pregação, na qual mistura religiosidade popular católica com ideias messiânicas e monarquistas. Nos anos seguintes, Canudos reúne cerca de 30 mil moradores e começa a ser visto não como um arraial de fanáticos, mas também como um perigoso reduto de rebeldes monarquistas. Muitos camponeses vão para lá, o que desagrada aos coronéis. Após intensos conflitos, o governo federal envia um grande número de soldados e artilharia pesada. Na última batalha, ocorre a destruição do povoamento (1897). Morrem milhares de combatentes, restando cerca de 400 prisioneiros, entre velhos, mulheres e crianças.
Fontes: Almanaque Abril 2011. Editora Abril.
Almanaque de História. On Line Editora.
2 comentários:
oi este site esta me ajudando muito pois estou precisando de uma ajuda no tema do inicio do Brasil republica
Ancorada na baía seria bahía n?
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