Frase andante

"Feliz é aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina." (Cora Coralina)------------------- "Educai as crianças para que não seja necessário punir os adultos." (Pitágoras)

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ATENÇÃO. Este blog é apenas mais uma ferramenta de apoio complementar ao conteúdo do livro didático para auxiliar meus alunos e visitantes. Os vídeos e textos apresentados e indicados estão disponíveis na internet e são citados sempre com as referências e fontes. Que este blog seja mais um instrumento de aprendizagem e reforço de conteúdo para todos os visitantes. Seja bem-vindo(a).

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sexta-feira, 27 de maio de 2016

A Cabana

A filha mais nova de Mackenzie Allen Philip foi raptada durante as férias em família e há evidências de que ela foi brutalmente assassinada e abandonada numa cabana. Quatro anos mais tarde, Mack recebe uma nota suspeita, aparentemente vinda de Deus, convidando-o para voltar áquele cabana para passar o fim de semana. Ignorando alertas de que poderia ser uma cilada, ele segue numa tarde de inverno e volta a cenário de seu pior pesadelo. O que encontra lá muda sua vida para sempre. Num mundo em que religião parece tornar-se irrelevante, "A Cabana" invoca a pergunta: "Se Deus é tão poderoso e tão cheio de amor, por que não faz nada para amenizar a dor e o sofrimento do mundo?" As respostas encontradas por Mack surpreenderão você e, provavelmente, o transformarão tanto quanto ele.  (www.livrariasaraiva.com.br) 

A Cabana
Young,  P. William
Editora Sextante RJ. 2008

Período Regencial brasileiro - texto

Período Regencial - texto



             O Período Regencial e as rebeliões regenciais (1831-1840)

     Com a renúncia de D. Pedro I (abril de 1831), o Brasil passou a ser governado por uma regência, pois o príncipe herdeiro (Pedro de Alcântara) não tinha a idade exigida pela Constituição de 1824, que previa uma idade mínima para a investidura do novo imperador. A primeira regência foi uma regência provisória, pois o Legislativo estava em recesso e não foi possível escolher uma regência permanente. A regência permanente só foi escolhida meses depois, quando acabou o recesso parlamentar.  Em 1834 foi instituída a regência una e o mais importante regente foi o padre Diogo Feijó e depois Araújo Lima, como seu sucessor.
        No período regencial existiam três correntes políticas: os moderados, que defendiam um governo regencial centralizado; os exaltados, que defendiam maior autonomia para as províncias e os restauradores, que defendiam a volta de D. Pedro I de Portugal. Foi um período de muita instabilidade política e ainda marcado por muitas rebeliões regenciais.

        Na Bahia ocorre a revolta dos malês (negros muçulmanos), onde escravos e ex-escravos se revoltam contra a proibição da capoeira, a imposição da religião católica e a tirania da escravidão. Após dias de revolta, o movimento é derrotado pelas tropas do governo brasileiro. Os líderes da revolta são executados e a prática do islamismo banida da cidade de Salvador.
No Maranhão ocorre a revolta da Balaiada. Revolta contra o aumento de impostos, do alto preço e péssima qualidade de alimentos que chegavam aos maranhenses. Movimento liderado pelo Negro Cosme, chefe de quilombo, Raimundo Gomes, um vaqueiro e Manoel Francisco Ferreira, uma artesão de cestos. Após vitórias e a tomada da cidade Caxias, no interior do Maranhão, os rebeldes são derrotados pelas forças do governo brasileiro.
Na Bahia ocorre também a rebelião conhecida como Sabinada. Liberais radicais e adeptos da maçonaria iniciaram uma luta contra o governo regencial e a favor da independência  da Bahia até a coroação de D. Pedro II. Liderados pelo médico Francisco Sabino, os rebeldes tomaram a cidade de Salvador, mas foram derrotados pelas trapas do governo brasileiro.
A revolta da Cabanagem ocorre no Pará contra a miséria e o descaso do governo federal. Os cabanos tomaram a cidade de Belém. Comandados pelo fazendeiro Félix Clemente Malcher, os irmãos Manoel, Francisco e Antônio Vinagre e o jornalista Eduardo Angelim, os rebeldes  chefiam um  novo governo na cidade. A reação do governo brasileiro foi violenta, derrotando os cabanos e matando cerca de 40 mil pessoas.
No Rio Grande do Sul ocorre a revolução dos farrapos ou Farroupilha. Grandes fazendeiros, republicanos e liberais, liderados por Bento Gonçalves e David Canabarro, lutam contra os altos impostos do charque e por maior autonomia para a província. Os rebeldes tomam a cidade de Porto Alegre e o movimento se espalha para o sul de Santa Catarina, proclamando a criação de uma nova república independente. Após dez anos de luta, os rebeldes são derrotados e é negociada a paz entre os rebeldes e os imperiais (tropas do governo central comandadas pelo futuro duque de Caxias)

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Primeiro Reinado do Brasil. (vídeo)

Vídeo- Brasil: Primeiro Reinado


Veja os vídeos abaixo sobre o Primeiro Reinado no Brasil. e aproveite para estudar para a prova de 14 de setembro.
Novo Telecurso - E. Fundamental - História - Aula 15 (1 de 2)


Novo Telecurso - E. Fundamental - História - Aula 15 (2 de 2)




Primeiro Reinado no Brasil: D.Pedro I.

 Primeiro Reinado: D.Pedro I.
 
D. Pedro (1798-1834). Primeiro imperador do Brasil. Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, nasce no Palácio de Queluz, nos arredores de Lisboa. Filho de D. João VI, torna-se príncipe  herdeiro com a morte do irmão mais velho, Antônio em 1801. Chega ao Brasil em 1808, com a família real. Fica no país como príncipe regente quando D João VI retorna a Portugal, em 1821,e, no ano seguinte, proclama a independência. É coroado imperador do Brasil e outorga a primeira Constituição, em 1824. Por governar de forma autoritária, perde popularidade. Diante do desgaste político, em 1831 resolve abdicar em favor do filho, dom Pedro II. Volta a Portugal, onde restitui sua filha ao trono, tomado por seu irmão, dom Miguel. Durante a luta, contrai tuberculose. Assume a Coroa portuguesa como dom Pedro IV e morre logo depois. Em 1972, seus restos mortais são trazidos para a cripta do Monumento do Ipiranga, em São Paulo.
Fonte: Almanaque Abril 2011. Editora Abril.

Primeiro Reinado do Brasil: (1822-1831)

Brasil - Primeiro Reinado: (1822-1831)


Com a proclamação da independência, dom Pedro I convoca uma Assembleia Constituinte em 1823, mas as divergências com os deputados leva-no a dissolvê-la. Então ele outorga a primeira Constituição brasileira, em 1824. Ela institui o Poder Moderador, poder pessoal do imperador, que o põe acima dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
As elites de Pernambuco contestam a legitimidade da Constituição imposta pelo imperador, e, com a adesão de Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, formam uma república, a Confederação do Equador (1824-1825). As tropas imperiais atacam. Os rebeldes são derrotados na capital e fogem para o interior, onde muitos acabam aprisionados ou mortos. Em 1825, o frei pernambucano Joaquim Caneca, conhecido como frei Caneca, um dos principais ideólogos da revolta, é executado.
Tropas uruguaias lideradas por Antonio Lavalleja e Fructuoso Rivera e apoiadas pela Argentina cercam Montevidéu em 1825 e declaram a independência do Uruguai.   É o início da Guerra da Cisplatina (1825-1828). O território fora anexado pelo Brasil em 1821. Dom Pedro I envia tropas, e elas são derrotadas em 1827, na Batalha de Passo do Rosário. Em 1828, Brasil e Argentina reconhecem a independência do Uruguai.
Com a morte de dom João VI (1826), dom Pedro I é convocado a ser tornar Pedro IV em Portugal. Na impossibilidade de assumir duas coroas, abdica à de Portugal em favor de sua filha Maria da Glória. Mas, seu irmão, dom Miguel, se proclama rei em 1828 e devolve a sobrinha ao Brasil.
 Dom Pedro I busca apoio entre os burgueses da burocracia estatal e do comércio, o que desagrada à oposição liberal brasileira. Incidentes graves, como o assassinato do jornalista Líbero Badaró (1830), reforçam seu isolamento.
A queda da popularidade de dom Pedro I fica patente quando é recebido com frieza em Minas Gerais, numa visita para recuperar prestígio político. O imperador tenta reagir a protestos, mas desiste ao perceber que não tem mais sustentação política. A abdicação de dom Pedro I do trono brasileiro ocorre em 7 de abril de 1831. Após a abdicação de dom Pedro I, políticos intitulados regentes governam o Brasil em nome do imperador, já que o herdeiro do trono, seu filho dom Pedro II, tem apenas 5 anos. (Período Regencial: 1831-1840)
Fonte: Almanaque Abril 2011. Editora Abril.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Tenetismo no Brasil(texto)

Texto - Movimento tenentista.

Movimento tenentista.

Revolta do Forte de Copacabana
Durante o governo Artur Bernardes, as revoltas armadas promovidas pela jovem oficialidade do Exército, os tenentes, tornaram-se mais freqüentes e mais organizadas a ponto de levar o país a uma guerra civil. Em julho 1922, no Rio de Janeiro, eclodiu a primeira insurreição tenentista, que ficou conhecida como a Revolta do Forte de Copacabana, e que foi debelada pelo governo do presidente Epitácio Pessoa.
Porém, em julho de 1924, portanto, ao se completarem dois anos da primeira insurreição armada, os tenentes se rebelaram novamente. O novo levante tenentista ocorreu em São Paulo. Sob a liderança do general Isidoro Dias Lopes, e do comandante da Força Pública do Estado de São Paulo, major Miguel Costa, inúmeras unidades militares se rebelaram.
Os tenentes exigiam a renúncia do presidente Artur Bernardes, a formação de um governo provisório, a eleição de uma Assembléia Constituinte e a adoção do voto secreto. São Paulo se transformou em campo de batalha com a ocorrência de inúmeros combates violentos que levaram o governador do Estado, Carlos de Campos, a abandonar a cidade.
A coluna Prestes
O presidente Artur Bernardes organizou tropas militares fiéis ao governo federal para enfrentar os revoltosos. Com a chegada das forças militares governamentais, as tropas de tenentes que se revoltaram foram obrigados a se retirar para o interior. Quando se encontravam na região de Foz de Iguaçu, os tenentes paulistas aliaram-se a outro grupo de militares insurretos proveniente do estado do Rio Grande do Sul, chefiado pelo capitão Luís Carlos Prestes.
Ocorre então a fusão entre os dois grupos de militares revoltosos. A liderança do movimento coube ao general Miguel Costa e ao capitão Prestes. Contando com um contingente de cerca de 1.500 homens armados, esse movimento revoltoso recebeu o nome de Coluna Prestes. Entre 1925 a 1927, o grupo percorreu cerca de 24 mil quilômetros dentro do território brasileiro. Por onde passava, procurava incentivar a população a se insurgir contra as oligarquias locais.
No decorrer desses anos, a Coluna Prestes enfrentou inúmeras vezes as tropas governamentais que os perseguiram e os grupos de jagunços armados organizados pelos coronéis locais. Em 1927, a Coluna Prestes se desfez e seus principais líderes se refugiaram na Bolívia.
Carência ideológica do tenentismo
O movimento tenentista deste período era portador de uma ideologia política difusa, ou seja, ainda não havia elaborado um conjunto de idéias que sustentasse um programa político revolucionário. Suas lideranças defendiam alguns princípios reformistas de caráter progressista que aproximava o movimento das aspirações das camadas médias urbanas.
Neste aspecto, almejavam livrar as instituições republicanas de seus vícios, como a corrupção inerente ao processo eleitoral e a injustiça que era a principal causa da desigualdade civil. Porém, a falta de uma maior vinculação orgânica com os setores civis urbanos levou o movimento tenentista a adotar uma postura que o afastou das alianças com os movimentos de massa, como por exemplo, o movimento operário deste período, num projeto revolucionário de transformação da ordem social vigente.
Em parte, essa não vinculação com os setores civis pode ser explicado pelo fato de que os tenentes, e por conseguinte o movimento tenentista, carregavam alguns traços de autoritarismo proveniente da instituição militar à qual pertenciam. Como militares, os tenentes se consideravam guardiões da pureza das instituições republicanas e responsáveis pela "salvação nacional". Não obstante, defendiam esses ideais em nome de um povo inerte e incapaz, que carecia de lideranças políticas que estivessem aptas para governá-lo.
Radicais e moderados entre os tenentistas
Embora ainda não tivesse amadurecido uma ideologia e elaborado um programa político, havia no movimento tenentista de 1924 duas correntes de pensamento. Uma era radical e defendia reformas sociais e econômicas profundas que só podiam ser realizadas pondo-se abaixo a República oligárquica. Seu principal líder era Luís Carlos Prestes.
A outra, era moderada, e defendia algumas reformas políticas liberais. Foi justamente a corrente moderada que se aproximou das oligarquias dissidentes. Em aliança, essas forças políticas serão responsáveis pela Revolução de 1930.
A sucessão presidencial
Mesmo enfrentando graves problemas de natureza econômica e política que ameaçavam as bases do republicanismo oligárquico, o presidente Artur Bernardes conseguiu terminar seu mandato. Os estados de São Paulo e Minas Gerais ainda tiveram condições e força política suficientes para elegerem um presidente dentro dos princípios da política do "café-com-leite".
O sucessor de Artur Bernardes na presidência da República foi o político Washington Luís. Embora tenha nascido no Rio de Janeiro, Washington Luís era politicamente atuante em São Paulo e se considerava um paulista. Seu mandato, porém, foi interrompido pelo movimento revolucionário de 1930, que colocou abaixo a primeira República.                                                                              Fonte: Portal UOL Educação

http://www.filosofandoehistoriando.blogspot.com/search?q=tenentismo

Crise da República Oligárquica do Brasil.(texto)

Texto - Crise da República Oligárquica.

Getúlio Vargas e o fim da República Velha.

O rompimento do acordo entre São Paulo e Minas Gerais para as eleições presidenciais de 1930 quebrou a aliança que sustentava a República Velha (1889/1930). Em 1929, o presidente Washington Luís indicou outro paulista, Júlio Prestes, para sucedê-lo. O presidente do Estado de Minas Gerais, Antonio Carlos, sentindo-se traído, buscou o apoio dos governantes do Rio Grande do Sul e da Paraíba e formaram a Aliança Liberal, com Getúlio (RS) e João Pessoa (PB) à frente. Iniciava-se uma das mais acirradas disputas eleitorais daquele período.
 A crise da Bolsa de Nova York, em outubro de 1929, só fez contribuir para a intransigência paulista em torno de seu candidato. Depois da "aterrissagem" forçada da Bolsa, as exportações brasileiras de café para os EUA caíram de forma inédita. Os cafeicultores paulistas perceberam rapidamente que precisariam de todo apoio para superar as dificuldades que se avizinhavam. Assim, para a oligarquia paulista, depois de outubro de 1929, a eleição de Júlio Prestes visava garantir no comando do Estado republicano um presidente articulado com os interesses da cafeicultura. Ele, certamente, não pouparia esforços para mobilizar todos os recursos ao alcance do governo, a fim de atenuar os efeitos da crise. Apesar da vitória de Júlio Prestes nas eleições de 1930, era evidente para outros setores das oligarquias brasileiras, para a burguesia industrial emergente, para setores do Exército e para as classes médias que a economia brasileira não poderia continuar a depender de um único produto.
 Era necessário buscar alternativas de desenvolvimento mais diversificadas, que tornassem o país menos vulnerável às crises externas, como aquela que nos atingia, o que implicava por fim à hegemonia paulista sobre o estado republicano. Um incidente, o assassinato de João Pessoa, candidato a vice-presidente na chapa da Aliança Liberal, catalisou a indignação contra o governo de Washington Luís e criou condições favoráveis para o golpe de Estado que colocou Getúlio Vargas no poder, e que foi denominado por ele próprio de "Revolução de 30".À parte a polêmica que cerca este acontecimento, não há como negar que tem início aí uma das fases mais importantes de modernização do Estado e da economia brasileiros.


Fonte:http://vestibular.uol.com.br/revisao-de-disciplinas/historia-do-brasil/getulio-vargas-marca-o-fim-da-republica-velha.jhtm

Movimento de 1930 - Era Vargas: Brasil. (vídeos).


Vídeos Movimento de 1930 e a Era Vargas.

Vídeos sobre o Movimento de 1930 e a Era Vargas. Vale a pena ver.  Veja os vídeos, leia os textos e aproveite para estudar.
1.Vídeo sobre a Crise da República Oligárquica e a Era Vargas. Vídeo da série Educabahia.

2. Vídeo sobre a Era Vargas. Vídeo da série Vestibular Digital.

Era Vargas: Brasil. (resumo)


 Resumo - Era Vargas

Era Vargas

Até 1930, o  domínio político esteve nas mãos de São Paulo e Minas Gerais, graças à força econômica desses dois estados.Este domínio das oligarquias paulista e mineira ficou conhecido como política do café-com-leite.
Nas eleições realizadas em 1930, Júlio Prestes, paulista, foi declarado vencedor, mas a ala mais radical da oposição, não aceitando a derrota do candidato Getúlio Vargas, alegando fraude eleitoral, iniciou a organização de um  movimento para derrubar o presidente Washington Luís pelas armas. Em julho do mesmo ano, o assassinato de João Pessoa, no  Recife, por um adversário político, contribuiu para dar mais força à oposição.  Tropas do  Rio Grande do Sul marcharam em direção ao Rio de Janeiro. No nordeste, a rebelião teve à frente Juarez Távora. O presidente Washington Luís esboçou uma resistência, mas foi deposto (24 de outubro). No dia 3 de novembro, Vargas assumiu o poder. Tinha início a Era Vargas.
Logo que assumiu o poder, Vargas dissolveu o Congresso Nacional, as Assembléias Estaduais e as Câmaras Municipais e nomeou interventores para os estados com amplos poderes.   Demonstrando seu autoritarismo, desde o início, Vargas controlou os meios de comunicação e os sindicatos,  proibindo  suas atividades políticas.   No seu governo foram aprovadas algumas leis trabalhistas: regulamentação do trabalho feminino e infantil; descanso semanal remunerado; férias remuneradas; e jornada de trabalho de oito  horas diárias.                                    
Com a Revolução de 30, São Paulo perdeu sua hegemonia na política nacional e até mesmo o governo do estado passou para o controle de Getúlio. Em 1932, tentando retomar o poder, os paulistas desencadearam um movimento revolucionário. São Paulo enfrentava também, além da crise do café, a falência de várias indústrias, desemprego e greves operárias, que exigiam a aplicação das leis trabalhistas.  Quando Getúlio nomeou  como interventor de São Paulo o militar pernambucano João Alberto Lins de Barros, os ânimos se acirraram contra o governo federal. Formou-se uma Frente Única, que exigia, a autonomia política para São Paulo e  uma nova Constituição para o país. Em 9 de julho eclodiu a Revolução Constitucionalista. As forças paulistas foram comandadas pelo general Isidoro Dias Lopes. Depois de cerca de três meses de revolução, os paulistas foram derrotados pelas tropas federais.
Em 1934 foi promulgada uma nova Constituição que tinha como características principais: garantia de autonomia dos estados, mandato presidencial de quatro anos, sendo o primeiro eleito por  via indireta, voto universal secreto, direito de voto à mulher, instituição do salário mínimo, jornada de oito horas de trabalho, descanso semanal e férias remuneradas, proibição do trabalho de menores de 14 anos de idade, indenização por  dispensas sem justa causa.  A Assembléia Constituinte também elegeu o presidente da República e Getúlio foi confirmado no cargo, agora como presidente constitucional. Esse período ficou marcado pelo surgimento de duas correntes político-ideológicas antagônicas: Ação Integralista Brasileira (AIB), de inspiração fascista, que tinha como líder Plínio Salgado e contou com o apoio dos setores conservadores da sociedade.  Aliança Nacional Libertadora  (ANL), que agregava os elementos de esquerda, com orientação marxista, liderada por Luís Carlos Prestes, chefe do Partido Comunista e, como frente antifascista, contava com o apoio dos liberais.
Em julho de 1935, Prestes lançou um manifesto em que proclamava: “Todo o poder à ANL!”. O governo interpretou o apelo como um chamado à insurreição e decretou a ilegalidade da ANL e a prisão de seus líderes. Colocada  na clandestinidade em novembro de 1935, a ANL tentou chega ao poder por meio de rebeliões armadas em quartéis de Natal, Recife e Rio de Janeiro. Somente em Natal os rebeldes chegaram ao poder, embora por pouco tempo. Nas outras duas cidades, o movimento foi derrotado. Conhecida como Intentona Comunista, a rebelião serviu de pretexto para que Getúlio decretasse estado de sítio e reprimisse violentamente os suspeitos de ligação com a ANL. Cerca de seis mil pessoas foram presas, entre elas Luís Carlos Prestes e sua esposa, a comunista alemã Olga Benário Prestes. De origem judia, Olga estava grávida ao ser presa, o que não impediu o governo de entregá-la aos  nazistas alemães, que acabaram por assassiná-la em um campo de concentração.
Em setembro de1937, os aliados de Getúlio anunciaram a descoberta de um plano terrorista atribuído aos comunistas. Conhecido como Plano Cohen, o documento previa a eclosão de uma revolução comunista seguida de assassinato de centenas de pessoas. O plano era falso, mas se transformou no pretexto de que Getúlio precisava  para dar o golpe de Estado que instituiu o Estado Novo, em 10 de novembro de 1937. No mesmo dia em que anunciou a implantação do novo regime, Getúlio comunicou também que o país passava a ter outra Constituição (1937), que suprimia o que restava da autonomia dos estados e substituiu a democracia representativa por um sistema de governo autoritário e centralizado. Os partidos foram extintos e a imprensa passou a sofrer a censura. No âmbito  econômico, as principais características do Estado Novo foram o impulso à industrialização, o nacionalismo, o protecionismo e a intervenção do Estado na economia.
Ao eclodir a Segunda Guerra Mundial, o Brasil procurou manter uma posição de neutralidade, mas com o ataque de Pearl Harbor, os EUA exigiram que os países latino-americanos ficassem ao lado dos aliados. Foi a partir desse momento que Vargas conseguiu financiamento norte-americano para a construção da Usina Siderúrgica de Volta Redonda.  A entrada do Brasil na guerra, a partir de 1942, criou uma contradição para o Estado Novo, pois, externamente, o Brasil apoiava as democracias na luta contra o fascismo, e, internamente, mantinha um regime ditatorial.  Em 1943, é divulgado o Manifesto dos Mineiros, no qual pediam a volta da normalidade democrática ao Brasil. Reivindicação semelhante foi feita pelo Primeiro Congresso Brasileiro de Escritores, São Paulo, em 1945.
Em resposta a essas pressões, em fevereiro de 1945, Getúlio publicou um decreto determinando um prazo de noventa dias para a convocação de eleições presidenciais e para uma Assembléia Constituinte. Nesse momento, concedeu anistia aos presos políticos e Luís Carlos Prestes foi  solto.  Nestas novas circunstancias, surgiram diversos partidos políticos para disputar as eleições, como União Democrática Nacional (UDN), o Partido Social Democrático (PSD) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Além desses, havia outros partidos de menor  potencial eleitoral, como o Partido Comunista do Brasil, que elegeu Luís Carlos Prestes senador da República.
De todo modo, embora tivesse convocado eleições presidenciais, Getúlio não se mostrava propenso a abandonar o poder. Com seu conhecimento, teve início então campanha popular com manifestações  que gritavam em coro pelas ruas o slogan “queremos Getúlio”; o movimento tornou-se conhecido como queremismo.  Mas, o queremismo não seria suficiente para assegurar a permanência de Getúlio no poder. Desconfiados de seus planos,  militares recém-convertidos à democracia, depuseram o ditador em 29 de outubro de 1945.

Fonte:
Figueira, Divalte Garcia. História. Novo Ensino Médio. Editora Ática.
Ordonez, Marlene e Júlio Quevedo.  História. Coleção Horizontes.  Editora IBEP.

As duas grandes guerras mundiais (quadro).

Quadro Comparativo: Primeira Guerra Mundial-Segunda Guerra Mundial.


Veja o quadro abaixo com os  principais pontos das duas guerras mundiais. Importante para ter uma visão geral das diferenças entre as duas guerras.



quinta-feira, 19 de maio de 2016

O caçador de pipas


Grande sucesso editorial nos Estados Unidos em 2004, onde vendeu mais de 2 milhões de cópias, O caçador de pipas conta a história de Amir, um afegão há muito imigrado para os Estados Unidos, que se vê obrigado a acertar as contas com o passado e retorna a seu país de origem. O ponto de partida do livro é a infância do protagonista, quando Cabul ainda não era a capital do país que foi invadido pela União Soviética, dominado pelos talibãs e subjugado pelos Estados Unidos.O caçador de pipas está presente na lista dos mais vendidos pelo New York Times e Publishers Weekly há mais de um ano, com publicação em 29 países, além de venda dos direitos para o cinema, com filme a ser produzido pela DreamWorks e dirigido por Sam Mendes, de Beleza Americana.
http://www.americanas.com.br

O caçador de pipas
Hosseini, Khaled
Nova Fronteira Editora. RJ. 2005

quarta-feira, 11 de maio de 2016

O menino do pijama listrado


O menino do pijama listrado
Boyne, John
Companhia das Letras. SP.2010


A mistura entre inocência infantil e holocausto parece impossível, porém, John Boyne, um novelista irlandês conseguiu a proeza de juntar estes dois elementos tão antagônicos em um romance que, ao mesmo tempo, pode ser doce e trágico. Publicado no Brasil pela editora Companhia das Letras, “O Menino Do Pijama Listrado” mostras como as crianças não diferenciam as pessoas por fatores externos, apenas pelo eu em si.

Na história, somos apresentados a Bruno, um garoto de oito anos que mora  na Berlim da 2ª Guerra Mundial e precisa mudar-se para Auschwitz por causa do trabalho de seu pai, que é comandante da SS. Chegando ao novo lar, o garoto logo se entedia e sai para explorar, encontrando Shmuel, um garoto de pijamas listrados da mesma idade que ele que e mora do outro lado de uma longa grade atrás da casa de Bruno, que alheio aos acontecimentos, não sabe que Shmuel está em um campo de concentração como prisioneiro por ser judeu.
Ao desenrolar da trama nos deparamos com a inocência dos garotos que, apesar dos acontecimentos, constroem uma amizade pura e verdadeira, mesmo com os alertas de seus pais para não sair de casa, Bruno vai ao encontro de Shmuel todos os dias para brincar e aos poucos se horroriza com os tratamento que os judeus sofrem e de como homens como seu pai (Oficiais da SS) são cruéis.
Mesmo tendo como fundo as atrocidades cometidas na 2ª G.M., “O Menino do Pijama Listrado” mostra-se uma obra exuberante, tratando de temas pesados com leveza e sutilidade, retratando o mundo através de olhos infantis, que buscam o que há de melhor nas coisas, não se importando com diferenças de raça, sexo ou religião, ligando apenas para a essência interior das pessoas e nada mais.   (www.leialivro.com.br)

domingo, 1 de maio de 2016

Formação dos Estados Modernos - resumo.


A formação dos Estados europeus modernos

1.   A Reconquista da Península Ibérica - Espanha
Desde o início do século VIII, a Península Ibérica foi quase totalmente dominada pelos muçulmanos. Os cristãos que lá viviam ocupavam os territórios ao norte da península.
A partir do século XI, as Cruzadas no Oriente e as lutas internas pelo poder entre os muçulmanos estimularam os cristãos a retomar os territórios ocupados pelos árabes na Europa. As lutas dos cristãos pela retomada pelos territórios da Península Ibérica ficaram conhecidas pelo nome de Reconquista.
Aos poucos, os territórios que os cristãos reconquistavam na península deram origem a reinos como Leão, Castela, Navarra e Aragão. Esses reinos, entretanto, não lutavam apenas contra os muçulmanos, mas também entre si. Cada um deles disputava o direito de ter controle político e territorial sobre a região.
Alianças entre famílias reais firmadas por meio do matrimônio também foram usadas para ampliar o poder de cada reino. As guerras e os casamentos arranjados nos ajudam a entender por que esses reinos variam tanto em tamanho, poder político e militar. Essa instabilidade durou até o casamento de Fernando, herdeiro do trono de Aragão, com Isabel, irmã do rei de Leão e Castela. Da união desses três reinos, formou-se o país Espanha, no final do século XV.

2.   A formação de Portugal
Afonso VI, que governava os reinos de Leão e Castela, concedeu ao nobre Henrique de Borgonha, como recompensa por sua atuação nas guerras de Reconquista, uma porção de terras situadas entre os rios Douro e Minho e denominada Condado Portucalense.
Mais tarde, no ano 1139, Afonso Henriques, o filho de Henrique, rompeu com o reino de Castela e proclamou-se rei das terras recebidas por seu pai. O passo seguinte foi a conquista das terras ao sul: era o início do reino de Portugal.

3.   A França rumo à centralização
A formação da monarquia nacional francesa teve início no final do século XII, quando o poder real tomou medidas para enfraquecer a nobreza resistente à centralização política. Entre outras ações, a realeza criou um exército assalariado, a serviço do rei, e passou a cobrar taxas sobre os bens da Igreja.
Além de submeter a Igreja francesa, o rei Felipe o Belo, que governou a França entre 1285 e 1314, convocou uma assembleia composta pelo clero, pela nobreza e por representantes das cidades para comunicar suas decisões. Essa assembleia mais tarde tornou-se conhecida como Estados Gerais.

4.   A Inglaterra e os limites do rei
A centralização do poder na Inglaterra originou-se com Henrique II, no século XII. Entretanto, seu sucessor, o rei Ricardo Coração de Leão, esteve ausente durante grande parte de seu reinado, lutando nas Cruzadas. Com isso, a autoridade real diminuiu.
  João Sem-Terra, sucessor do rei Ricardo, logo teve de enfrentar a oposição dos nobres, descontentes com as pesadas taxas que pagavam para sustentar os gastos militares. Pressionado pela nobreza, pelo clero e pela burguesia, João Sem-Terra assinou, em 1215, a Magna Carta, cujo principal objetivo era limitar os poderes do rei.


Fonte: História – Projeto Araribá. Maria Raquel Apolinário – Editora Moderna.